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Convertida em uma seita elitista que só faz caridade paliativa, por entender que os pobres, sendo "inferiores", não merecem os mesmos direitos dos mais ricos, ele abriu caminho para a influência nefasta de espíritos nazistas e fascistas, interessados em reservar os benefícios a uma pequena quantidade de pessoas, as custas do sofrimento da maioria.
Este elitismo acabou reforçado pela inserção da medieval Teologia do Sofrimento, trazida por Chico Xavier, este um beato de orientação católico-medieval que sofria esquizofrenia mas foi transformado em "médium" porque ajudava a atrair pessoas a reuniões "espíritas" garantindo lucros financeiros prestígio diante da opinião pública.
Para o "Espiritismo" brasileiro, que usa a caridade apenas como escudo para se proteger de críticas - e da criminalização do charlatanismo, já que há muitos vigaristas liderando a doutrina - sofrer é uma bênção, o que serve de desculpa para não ter que tirar os pobres de sua situação humilhante, o que iria custar dinheiro e romper com convicções pessoais.
"ESPIRITISMO" COMO VOZ DOS MAIS RICOS E ESCOLARIZADOS
Apesar de famosa por ser a "doutrina da caridade", como se tivesse patenteado a filantropia, o que leva muitos progressistas ingênuos a apoiarem uma seita claramente elitista, o "Espiritismo" brasileiro nada tem feito para eliminar as injustiças do Brasil e muitos indícios levam a crer que suas lideranças negligenciam a caridade de propósito.
Sendo uma seita elitista, é mais do que óbvio que ela nunca iria representar os interesses dos mais humildes. Antes de tudo, o "Espiritismo" brasileiro é a voz dos mais ricos e escolarizados (e não necessariamente mais inteligentes - vários dogmas não tem pé nem cabeça) e os interesses dos mais prósperos sempre devem ser priorizados.
Aos pobres, reserva-se uma caridade paliativa: cestas básicas de má qualidade, roupas rasgadas, brinquedos quebrados, bens baratos e nenhum apoio das leis. Ao receberem prêmios pela caridade não-feita, lideranças "espíritas" "se esquecem" de cobrar das autoridades medidas que beneficiem os mais pobres, ficando tudo do jeito que está.
Se depender dos "espíritas" brasileiros, os pobres tem que se virar se quiserem sair de sua condição desgraçada. Se não bastasse todo o elitismo e a caridade negligenciada, "espíritas" acabaram desenvolvendo - quem diria! - o ódio conta políticos e partidos que agem a favor dos mais pobres.
QUEM DEVE AJUDAR POBRES SÃO RELIGIOSOS E NÃO POLÍTICOS
Políticos capazes de mudar as leis para acabar com as injustiças e favorecer a dignidade de vida mínima aos menos favorecidos foram demonizados e criminalizados pelos "espíritas", que agora terão que responder por colocar um fascista, comprometido com o prejuízo dos mais pobres, no poder.
Já era estranha a falta de preocupação de sites e meios "espíritas" com a ascensão do fascismo no Brasil. A omissão de jornais "espíritas" à chegada ao poder de Jair Bolsonaro foi um silêncio que gerou um ruído estridente a estourar os tímpanos.
E como omissão a um perigo previamente avisado - "espíritas" ignoraram o #EleNao? - soa como um apoio enrustido, sinto dizer que o "Espiritismo" brasileiro da linha de Chico Xavier virou uma seita fascista. Não se revoltem, "espíritas", pois o que dizemos é baseado em fatos não em dogmas muito menos em opinião pessoal.
ÓDIO "ESPÍRITA" ÀS FORÇAS PROGRESSISTAS E DE ESQUERDA
Muitos são os sinais desta trista constatação que só confirma ainda mais o afastamento dos "espíritas" brasileiros de Allan Kardec, que era socialista e se vivesse no Brasil de hoje, seria o primeiro a apoiar o ex-presidente Lula, por enxergar neste o exemplo do verdadeiro praticante da caridade espírita.
A triste transformação do "Espiritismo" brasileiro em uma seita fascista se deu coma união de dois fatores:
- O elitismo de membros e lideranças do "Espiritismo" brasileiro, oriundos das classes média-alta e alta, que inseriram seus preconceitos e interesses no repertório dogmático da deturpada doutrina.
- Má informação dos fatos reais resultante na confiança cega na mídia corporativa, que atua sob interesses de magnatas que nunca aparecem em público e que injetam muito dinheiro nos meios de comunicação oficiais (sobretudo nas radios, TVs, jornais e revistas).
Para quem é elitista, pobres devem ser tratados, na melhor das hipóteses, como bichos de estimação. Aquela máxima que diz para "fazer com o outro o que se quer fazer consigo mesmo" não vale para quem é elitista. Elitistas só dão migalhas a pobres e se revoltam quando estes começam a ganhar mais benefícios do que o que as elites reservam aos mais carentes.
Por isso que nos meios elitistas, incluindo seguidores do "Espiritismo" brasileiro, surgiu um ódio mortal a forças progressistas e a políticos que se propõem a ajudar os mais pobres. Fica a impressão que segundo os elitistas, quem tem que ajudar - mal - os pobres são as religiões e não os políticos. E a caridade "espírita" é "ótima" porque não ameaça a ganância das elites.
PRIORIDADE A INTERESSES DE UMA GANANCIOSA ELITE "ESPÍRITA"
Aliás, o "Espiritismo" brasileiro nunca condenou de fato a ganância. Sob outros nomes, a ganância sempre foi tratada como um direito imutável das elites e das classes médias que as apoiam. Para alguns, a ganância virou coisa de pobre querendo subir rápido na vida.
Mas quando a ganância vem dos mais ricos, ela é respeitada, tratada como uma natural defesa da auto-sobrevivência. Como se pessoas ricas morressem se não comessem caviar ou não viajassem de vez em quando para a Europa.
O elitismo e a legitimação da ganância foram fatores que impulsionaram esta onda fascista no Brasil. Não é estranho que uma seita elitista, defensora da Teologia do Sofrimento e que pratica caridade meramente paliativa, tenha virado uma seita fascista.
Allan Kardec ficaria muito triste em saber que a sua doutrina, deturpada e destruída por um esquizofrênico mineiro de ideias medievais que fingia falar com os mortos, se transformou em uma seita fascista, em que interesses de uma elite gananciosa são colocados acima do bem estar de todo os brasileiros e da soberania nacional.
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