Duas imagens mostram muito bem a diferença nítida entre o beato Chico Xavier e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. A diferença que destaca o modo que cada um relacionava com seus admiradores mostra muito bem quem era cada um e o resultado do trabalho de caridade que cada um fazia e a gratidão em torno dela.
A foto que mostra Chico Xavier em uma espécie de cerimônia de beija-mão, é coerente com a sua arrogância de semi-deus e com a sua caridade paliativa que nunca tirou os pobres de sua condição humilhante.
Olhem bem a foto, que mostra Chico Xavier acima de seus auxiliados, como se houvesse, além de uma hierarquia entre ajudador e ajudados, uma espécie de agradecimento compulsório e por isso, frio, sem amor. Não há afeto e sim um louvor submisso dos fiéis (que parecem tristes na ocasião) a divindade viva, tratada como alguém que está acima da humanidade.
Mostra muito bem que Chico Xavier nunca se sentiu de fato um integrante do povo e se sentia bem na posição de semi-deus poderoso que merecia a submissão de seus fiéis que deveriam se ajoelhar diante dele e agradecê-lo, de forma obrigatória, pela graça recebida. Como se este agradecimento fosse um preço a ser pago a uma liderança que estava fazendo um favor.
Mas vejam a outra foto. Nela, Lula aparece com a testa encostada na testa de uma senhora humilde. Repare que do contrário da foto anterior, não há hierarquia na foto. Lula se sente igual a velhinha que recebe seu carinho com nítida alegria. Há afeto na foto. Lula e a senhora mutuamente se saúdam, sem que um se ache mais do que o outro. Ha espontaneidade, uma gratidão que é natural e automática, que dispensa rituais.
É uma foto coerente com Lula, que como presidente, tirou milhares da pobreza, mudando leis para que houvesse pelo menos uma tentativa de justiça social. O Brasil cresceu muito com Lula, com muitas pessoas melhorando de vida e o país ganhando em soberania e respeito. Claro que muita coisa ainda precisava ser feita, mas Lula demonstrou ser um líder capaz de melhorar o país.
E Chico Xavier? Tirou pobres de sua condição? Não. Foi um insistente ativista social? Não. Conseguiu melhorar a vida de multidões e deu soberania à sociedade brasileira? Não. Tudo que ele fez foi caridade paliativa, aquela que estimula os pobres a suportarem a condição que nunca acabava. Famoso por ser "o maior caridoso do Brasil", Xavier não trouxe resultados práticos de sua suposta benfeitoria.
Já Lula trouxe. As mudanças foram bem visíveis, a ponto de irritar as elites. Estas, ameaçadas de ter que abrir mão de privilégios e de sua ganância, trataram de inventar mentiras sobre Lula e a sua política de ajuda aos pobres, criminalizando-o para que não voltasse ao poder. Tudo feito para que a ganância dos mais ricos fosse preservada.
Chico Xavier nunca combateu a ganância dos mais ricos. Conduziu uma religião elitista que usou o nome da caridade para se promover, sem resultados de transformação social, como as elites gostam. Chico Xavier sempre teve o cuidado de respeitar os privilégios dos mais ricos. E nunca mudou de fato a sociedade como um todo.
Mas Chico Xavier foi canonizado sem ajudar ninguém. Não há provas reais da eficácia da famosa caridade praticada pelo beato mineiro. Por outro lado, Lula foi criminalizado por ajudar milhões e transformar o Brasil em país com perspectivas de prosperidade. A prosperidade do Brasil incomoda muito aos mais ricos.
Bom, qual dos dois é o verdadeiro benfeitor? Está tudo explicado nestas duas imagens. Quem olhar com atenção (e sem paixões religiosas), vai responder a pergunta com exatidão.
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