Quando lançou o Espiritismo original, Allan Kardec estava criando uma doutrina progressista e altamente altruísta. O bem estar coletivo era uma meta a ser alcançada e todo repertório doutrinário se concentrava no esforço em atingi-la. Mas Kardec morreu e um monte de abutres tratou logo de distorcer a doutrina a seu favor. E esta versão distorcida que chegou ao Brasil, embora insistam em atribuí-la a Kardec, como se o codificador a tivesse alterado.
Vários "espíritas" se empenharam em assumir posturas nada altruístas. Para começar, elegeram como forma de "caridade", um assistencialismo frouxo, paliativo que só consola sem resolver problemas e sem atrapalhar os interesses dos gananciosos. Uma forma de caridade que tem que ser feita repetidamente justamente por não resolver problemas.
Esta caridade paliativa é o que é bom para obrigar carentes a depender da doutrina, forjando o "aumento do rebanho" para a doutrina que sonha sem ser a "religião universal da humanidade", mas que nunca passou dos 2%, graças a suas contradições doutrinárias. E a maior das contradições está em defender o altruísmo condenando-o.
Se observarmos a postura anti-esquerda de Chico Xavier, Divado Franco e Robson Pinheiro, que aparentemente falam em nome da doutrina fundada por um simpatizante dos ideais da esquerda (??!!), vamos ver o apoio não declarado ao Capitalismo, sistema egoísta, que defende a competitividade no lugar da solidariedade.
O Capitalismo defendido pelas três lideranças pseudo-espíritas estimula o ódio e o desejo de prejuízo alheio, cuja unica lei é a lei do mais forte sobre o mais fraco, este que deve ser esmagado até morrer, para parar de incomodar as elites tranquilas. Até porque o "Espiritismo" brasileiro é altamente elitista e sua solidariedade é falsa e se limita a dar esmolas a pobres para que estes fiquem calados. Uma "caridade" que serve mais para promover benfeitores, convertidos em divindades vivas.
Estas lideranças entram em franca e grave contradição ao assumir uma postura anti-esquerdizante (nas palavras do "semi-deus" Chico Xavier, grande vândalo doutrinário), pois renegam uma ideologia que tem base no verdadeiro altruísmo, sonhando com uma sociedade onde todas as pessoas tem acesso a uma vida digna com todas as necessidades satisfeitas.
Ao ofender as esquerdas, Chico, Divaldo e Pinheiro se baseiam em estereótipos equivocados, o que desmascara a sua suposta sapiência. Como é que sábios ignoram fatos reais e definem conceitos com base em estereótipos equivocados? Os três demonstram claramente ser integrantes de um grupo de vigaristas a usar a espiritualidade a seu favor, impedindo a evolução da humanidade.
A realidade mostra que ideologias de esquerda, além de altruístas e mais responsáveis com as leis e a dignidade humana, são mais realistas. O Capitalismo é um sistema que muda a realidade a seu favor, mexendo nos direitos alheios para que apenas as elites controladoras possam ter além da dignidade, um excesso de bens e privilégios.
Quem odeia a esquerda, apoia a ganância
Apoiando o Capitalismo, os pseudo-espíritas apoiam a ganância inerente ao sistema. E quem apoia a ganância condena a caridade. E quem condena a caridade, condena Allan Kardec, aquele que disse que "fora da caridade não há salvação". O anti-esquerdismo de Chico, Divaldo e Pinheiro acaba de os condenar ao fogo da ganância.
Cabe aos verdadeiros espíritas descartarem de uma vez estes falsos líderes. Nem adianta convertê-los, pois os três estão comprometidos com o mais egoísta Capitalismo, sistema que nas visões míopes deles, soa mais "humanista", graças aquela lenda delirante que alega que todo miserável pode se tornar um magnata se trabalhar um pouquinho mais. Uma lorota conhecida como "meritocracia", aquela que diz que "todo rico é um pobre que deu certo". Absurdo.
Joguem fora Chico Xavier, Divaldo Franco e Robson Pinheiro. Eles não são humanistas. São farsantes que usam a doutrina da caridade em proveito próprio e para beneficiar apenas as elites que eles bajulam. Sempre é confortável receber medalhas e títulos enquanto milhões morrem jogador no meio das ruas. Receber medalhas e títulos por não fazer nada em prol da humanidade, desejando vê- aprisionada em um sistema político que a condena à miséria e à submissão alheia.
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