O "Espiritismo" brasileiro tem inúmeras divergências com o Espiritismo original. Uma dessas divergências é o entendimento do que seja caridade. Se para Kardec, a caridade deve ser ampla e qualquer coisa que ajude o próximo, para o "Espiritismo" brasileiro a caridade deve ser apenas paliativa e nunca ameaçar os interesses dos mais ricos que segundo a versão deturpada da doutrina, são "a reencarnação dos bons".
Esta ideia ajuda muito o fato dos "espíritas" brasileiros apoiarem ideias direitistas, sobretudo o golpe de 2016 e a controversa Lava Jato, controlada por juristas ligados ideologicamente ao PSDB, partido brasileiro que representa os grandes capitalistas nacionais e estrangeiros. Na verdade, esses "espíritas" estão apoiando de forma irrestrita magnatas gananciosos que lucram as custas do prejuízo alheio, estes agindo como autênticos parasitas.
Isso vai contra a fama de "Religião da Caridade" como é conhecido o "Espiritismo" brasileiro pelo senso comum. Para muitos, fica a impressão de que a caridade foi patenteada pelos "espíritas" a ponto da metodologia de caridade tosca e paliativa ser considerada como um modelo a ser seguido, impedindo que carentes e excluídos tenham acesso ao verdadeiro benefício. É uma caridade que conforta aflitos sem afligir os confortáveis, como disse o saudoso sábio Christopher Hitchens.
O apoio a ideais conservadores vai totalmente contra a ideia de caridade que o "Espiritismo" brasileiro diz apoiar teoricamente. Suas lideranças fingem transformar o mundo e vivem posando de "tutores da humanidade" desejando encerrar a reencarnação por se acharem perfeitos e ilimitadamente"sábios".
É uma malandragem que infelizmente engana a muitos, sobretudo progressistas, que veem nos "espíritas" o exemplo ideal de altruísmo e ideais progressistas, como se enxerga uma vasta cabeleira em casca de ovo. Isso ajuda a perpetuar a influência do "Espiritismo" brasileiro, inerte diante dos maiores problemas da humanidade, embora posando de doutrina mais altruísta do mundo.
Na verdade, esta atitude só comprova farsa do "Espiritismo" brasileiro, cheio de contradições e irregularidades e que além disso, apoia sem hesitar a ganância capitalista por acreditar que ricos são bons.
Sinceramente, se ricos fossem realmente bons, não seriam ricos. O apoio de "espíritas" a grandes magnatas é algo que pode custar caro para as lideranças "espíritas" que contraem uma grave dívida a ser paga por varias encarnações.
Fingir altruísmo perfeito apoiando gananciosos é sempre um péssimo negócio.
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