Foi lançado em Porto Alegre o Comitê inter-religioso em prol de Lula. A meta é, além do apoio ao ex-presidente, já visitado por lideres religiosos de várias tendências, discutir a situação do país e propor soluções, defendendo a democracia e combatendo a ameaça fascista representada pelo crescimento da extrema-direita.
Participam do comitê, religioso das seguintes linhas: católicos, evangélicos, luteranos, budistas, muçulmanos, anglicanos e representantes das espiritualidades de matriz africana. Apesar de abertos a adesão de outras linhas, é nítida a ausência, além dos esperados neo-pentecostais, dos "espíritas".
o "Espiritismo" brasileiro, dogmaticamente rompido com o Espiritismo original francês, é uma religião que assumiu seu direitismo no começo do golpe, mas que mesmo assim atrai de forma ingenua a simpatia das forças progressistas.
Com isso, "espíritas" preferiram compartilhar sua orientação política com seus arqui-inimigos neo-pentecostais. Para "espíritas", a esquerda é corrupta, infirmação oficializada com base em boatos e mal-entendidos aceitos de forma subjetiva. "Espíritas" já declararam apoio a políticos de direita.
Além da guinada direitista, é perceptível a omissão diate do crescimento do fascismo brasileiro. "Espíritas" preferem combater a ameaça fictícia do "comunismo", mesmo sendo um fato real de que os governos petistas alavancaram o capitalismo, além de ter fugido do estereótipo atribuído às esquerdas. Mas até agora, nenhum "espírita" se manifestou contra Bolsonaro ou qualquer força fascista. Um silêncio preocupante.
A postura política de "espíritas" é mais uma prova de que a religião brasileira se distancia cada vez mais de seu suposto mentor, Allan Kardec, este sim um esquerdista assumido e um altruísta que lutou em prol da humanidade mundial. O direitismo dos "espíritas" vai contra a ideia de caridade, já que a política conservadora é egoísta e trabalha apenas a favor dos mais ricos.
Mesmo assim, esperamos que algum "espírita" se junte ao comitê. Vai pegar muito mal para uma religião decadente, sem novos líderes e que perde seguidores acada dia, assumir uma ideologia política em prol da ganância e do prejuízo alheio.Ainda dá tempo de repensar a posição.
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