Houve um boato que disse que Chico Xavier teria previsto a eleição de Jair Bolsonaro. Mas o boato foi imediatamente desmentido, embora ainda considerem o charlatão com capacidade sobrenatural de fazer previsões. É confortável para os admiradores de Chico Xavier embutir qualidades ao suposto "médium" na tentativa de transformá-lo em um semi-deus, suposto acumulador de virtudes.
Ser "profeta" é uma dessas qualidades. Um simples cidadão, com leve doença mental (confundida com paranormalidade), que só queria rezar foi histericamente transformado em um poderoso líder espiritual, causando um gigantesco estrago não somente em uma doutrina como também no progresso da humanidade.
Por isso eu digo: Chico Xavier pode não ter previsto a eleição de Bolsonaro, mas contribuiu muito para que o ex-militar se tornasse popular e crescesse de forma monstruosa tornando real a hipótese outrora inacreditável, de um neonazismo brasileiro, adaptado para a nossa realidade. Neonazismo que tem afinidade ideológica com o "médium", pelo que foi visto na entrevista para o Pinga Fogo em 1971.
De qualquer forma, Chico Xavier foi responsável, senão único, um dos maiores, pelo que está acontecendo no Brasil. Os brasileiros teriam se evoluído muito mais espiritualmente se Chico Xavier nunca tivesse se intrometido na Doutrina Espírita.
Xavier vandalizou-a ideologicamente, resultando na confusão dogmática que transformou uma doutrina que era para ser científica numa igreja de fé cega e dogmas contraditórios, cuja função é servir de adoração a "médiuns" como ele. Com a fé cega, veio a treva da ignorância e o travamento da evolução humanitária.
A onda de ódio - estranhamente compartilhada por Chico Xavier e Divaldo Franco, segundo depoimentos de ambos sobre cenários políticos - não ocorreria se o Espiritismo tivesse sido ideologicamente fiel à versão francesa original descoberta por Allan Kardec.
Mas o Brasil preferiu a forma igrejeira, alucinada e contraditória e deu no que deu. Um povo avesso a racionalidade prestes a colocar um neonazista para conduzir o Brasil. Jair Bolsonaro seria construtor do "Reino de Amor" que fará com que o Brasil se torne o "Coração do Mundo, Pátria do Evangelho" (Brasil acima de tudo, Deus acima de todos). Lamentável.
Portanto, Chico Xavier e "espíritas" que o seguem, tomem que o filho é teu: Bolsonaro não teria a mínima popularidade se o "Espiritismo" brasileiro não tivesse se deturpado e neglicenciado a evolução da humanidade. O resultado de uma doutrina confusa é o desconhecimento da realidade. Assumam.
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