Hoje, a verdade não interessa mais ao senso comum. O que importa, para muitos indivíduos é satisfazer as convicções pessoais, aquilo que se acredita. Se pensarmos um pouco mais, perceberemos que convicções pessoais são nada mais, nada menos do que a fé religiosa adapta ao cotidiano não-religioso. Uma prova incontestável de que fé e credulidade são perfeitos sinônimos.
Raciocinar e procurar pela verdade exige um nível de esforço que a maioria das pessoas não está disposta a encarar. A fé religiosa importada para o senso comum na forma de pós-verdade e fake news é algo bem conveniente por justamente não exigir qualquer tipo de esforço intelectual. Crer é muito bom porque nos faz aceitar teses respeitando a lei do menos esforço.
Para que uma tese, por mais absurda que seja, possa ser aceita, o emissor deve ter prestígio e credibilidade. Isso já basta para que uma tese seja aceita, pois o receptor acredita que o emissor já verificou a informação transmitida, o dispensando de maiores análises e verificações. Quanto maior o prestígio do emissor, maior será a aceitação da tese difundida.
Lideranças de todos os tipos, principalmente as religiosas - estas transformadas em divindades vivas, enviadas pelo próprio "Deus" - e a grande mídia, tem difundido muitas mentiras com muito sucesso, fazendo com que verdadeiros dogmas sem pé nem cabeça se consagrassem no senso comum da realidade cotidiana.
A fé religiosa formatou os cérebros da maioria das pessoas para que teses sem sentido fossem facilmente aceitas, escondendo de imensas multidões a verdade dos fatos e como as injustiças são feitas, elegendo bodes expiatórios para que os verdadeiros culpados permaneçam impunes. Também serve para que problemas permaneçam para manter os privilégios das classes que patrocinam igrejas, templos e centros "espíritas", além de meios de comunicação para que as mentiras nunca sejam desvendadas.
Com isso, o pensamento do senso comum segue o mesmo esquema da fé religiosa, quando verdadeiro absurdos e mentiras são facilmente aceitos sem provas, graças a alta credibilidade de seus emissores, autênticos picaretas a serviço das grandes elites a arruinar as vidas de muitos sem que despertem a desconfiança dos prejudicados, ocupados em linchar bodes expiatórios.
Por isso que as autoridades capitalistas fazem muita questão de preservar a fé religiosa. Manter a população sem pensar, apenas acreditando no que lideranças dizem, é essencial para que tudo permaneça como está. Esperamos que um dia a fé dê lugar a razão e quando isso acontecer, vamos ter a verdadeira noção dos fatos, estando mais capazes de resolver os problemas crônicos de uma sociedade injusta, ainda refém da religiosidade.
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