Nos anos 90, os centros "espíritas" estavam bem lotados. Palestrantes faziam bastante sucesso e "médiuns" atraiam audiência para as TVs quando falavam sobre o vindouro século XXI, que seria "uma época de gigantescas transformações para melhor".
Bom, o tal "Terceiro Milênio" está aí e não só as prometidas transformações não ocorreram como estamos regredindo seriamente, jogando na incineradora quase tudo que aprendemos no século XX, o verdadeiro século das transformações.
A promessa não cumprida só poderia ter dado um resultado: o esvaziamento do"Espiritismo" brasileiro, que nunca saiu dos 2% de todos os religiosos brasileiros como caiu para 1,8%, que em um país com as dimensões e a população como o Brasil, já é uma gigantesca apostasia.
Na verdade, o papo do "Terceiro Milênio" é um enxerto doutrinário e inúmeras seitas místicas que defendiam a tese de que a virada do século XXI seria uma época de grandes transformações. É puro dogma religioso. Melhor, é pura cascata.
Como quase todas as seitas diziam a mesma coisa, o que soava como uma verdade inquestionável, os "espíritas" embarcaram com empolgação na canoa furada e difundiram a tese, atraindo multidões a centros "espíritas".
A população, preocupada com o que seria a interpretação destas seitas para o apocalipse (fim do mundo e consequentemente, a morte de todos os seres humanos), correu logo para os centros em busca de alguma orientação dada pelos (pseudo) sábios que falavam em nome da doutrina brasileira.
Só que nenhuma profecia se cumpriu, mostrando todas serem integrantes de uma imensa farsa que só serviu para promover as seitas e suas lideranças, consagrando-os perante a opinião pública.
Com a decepção com algo que nem mesmo futurólogos mais objetivos conseguiram prever, já que até mesmo cientistas apostaram nesta tese de que o século XXI seria uma época de transformações (bom lembrar que várias das tramas das obras de ficção cientifica se passam no século XXI), o jeito foi abandonar estas seitas, incluindo o "Espiritismo" brasileiro, que havia se juntado no iludido coral.
Hoje, o "Espiritismo" segue em franca decadência e perde todos os dias seus adeptos, que percebem que, além da farsa do "Terceiro Milênio", a versão brasileira da doutrina é deturpada, contraditória, conservadora e está em total oposição a doutrina original codificada na França.
Como "espíritas" optaram em nunca corrigir seus dogmas equivocados, a doutrina vai continuar perdendo adeptos, esvaziando centros e caminhando para o inevitável fim, á que nunca conseguiu explicar os fatos reais usando os meios que possui.
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