Quem acompanha este blog sabe que o "Espiritismo" brasileiro e seus dogmas confusos são bastante criticados. E com razão, pois não somente vão contra a doutrina original como também entram em contradições entre si. Quem assiste as palestras "espíritas" sabe que cada palestrante inventa a sua tese, que não raramente desmente o que foi dito em outras palestras.
Mas muita gente que não está muito a fim de raciocinar, estando mais disposta a aderir a ilusão da "fé raciocinada" (conjunto de teses surgidas por pura fé, sem análise, mas que a ciência arruma um jeito de autenticá-las, sem verificar). Esta gente entende que o que fazemos aqui é um cruel ato de intolerância e desrespeito.
Nada disso. Apesar de sermos mais a favor da razão do que da fé (fé = credulidade, embora muita gente deteste admitir isso), reconhecemos o direito das pessoas acreditarem em que quiserem, por mais absurdos que sejam.
Mas diferente das outras religiões, que tem dogmas absurdos, mas os defende com alguma coerência e honestidade, o "Espiritismo" brasileiro é cheio de dogmas ainda mais absurdos e entra em contradições o tempo todo, chegando a defender em alguns momentos e condenar em outros, os mesmos pontos doutrinários.
Isso sem falar da desonestidade de lideranças que fazem voto de pobreza ostentando uma vida mais do que confortável, viajando a outros países para fazer palestras caras sobre temas inócuos e fazer turismo, retornando ao Brasil como se fossem heróis do Cristianismo.
"ESPIRITISMO" BRASILEIRO TRAIU ALLAN KARDEC, AQUELE O QUAL BAJULAM
Allan Kardec não queria fundar uma religião. Queria fundar uma ciência que pudesse estudar o mundo espiritual e a relação dos habitantes deste com os seres encarnados. Mas o Brasil, que tem como cacoete mantido até hoje, de não entender as ideologias estrangeiras, acabou distorcendo a doutrina, transformando-a em religião e enganando muitas pessoas.
Isso representa uma baita traição a Allan Kardec, pois além de transformar uma doutrina em uma igreja, os brasileiros inseriram nela um monte de dogmas esquisitos que vão contra muitos pontos verificados e comprovados pela codificação.
Se Allan Kardec falou em religião em suas obras, foi para analisá-la e contestá-la e não para louvá-la. Kardec era pedagogo, um homem de ciência de larga experiência e não iria perder tempo desperdiçando a sua racionalidade para fundar uma igreja de fé cega e líderes desonestos.
Se os "espíritas" que querem manter a sua religião intacta desejam respeito, basta mudar o nome da religião, assumir o rompimento com Allan Kardec e admitir que fazem outra coisa diferente do Espiritismo original. Feito isso, paramos de criticar e deixamos para lá, pois instalaria honestidade naquilo que os brasileiros conhecem por enquanto como "Espiritismo".
O que não toleramos é a desonestidade, a cara de pau de assumir um compromisso cumprindo outro, enganando a todos vendendo gato como se fosse lebre. Enquanto o "Espiritismo" continuar fingindo seu fajuto apoio ao mesmo Kardec que desprezam ideologicamente, vamos continuar criticando.
Críticas não são ofensas e ajudam pessoas e instituições a se evoluírem. Críticas devem ser aceitas com humildade e analisadas, com erros corrigidos após serem detectados. Pensem nisso.
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