Estigmatizada como uma religião progressista e altruísta, o "Espiritismo" brasileiro, totalmente rompido com Allan Kardec, embora viva bajulando-o, nunca ofereceu algum tipo de iniciativa que pudesse confirmar a sua fama de "religião que patenteou a caridade".
A postura afirmada pelo "Espiritismo" brasileiro, que apoiou o golpe, que não enviou nenhum representante para visitar Lula (este sim praticante da verdadeira caridade) e se cala diante de um governo fascista, mostra que a doutrina não apenas rompeu com a proposta de caridade como secretamente apoia a ganância capitalista.
Entusiasta da medieval Teologia do Sofrimento, a doutrina protege os abusos e privilégios das elites, numa mal disfarçada reinterpretação da tese neo-pentecostal que considera os ricos como "eleitos de Deus ". Esta postura elitista acaba por limitar a atividade social "espirita", reduzida a uma filantropia meramente paliativa, sem resultados transformadores.
Mesmo assim, há muta gente que ainda acredita no potencial altruístico do "Espiritismo" brasileiro, já que assuntos religiosos dispensam provas e permitem contradições. Até agora, o "Espiritismo" brasileiro ainda goza de uma imagem muito positiva diante da opinião pública, já que consegue esconder com maestria seus próprios escândalos.
Mas o que a realidade mostra na prática é que o "Espiritismo" brasileiro tem demonstrado que apoia sim a ganancia capitalista, sem usar este nome. Sempre esteve do lado de políticos e lideranças questionáveis, de pensamento conservador e atitudes anti-caridosas.
O apoio ao golpe de 2016, somado ao silencio diante da destruição do país feita por um neo-fascista sádico e com trejeitos de um sociopata incurável, alertam para a inevitável decadência do "Espiritismo" brasileiro, que perde seguidores a cada dia e se mostra totalmente oposta a doutrina original francesa, comprometida com as causas progressistas criminalizadas por sua versão brasileira, que na verdade é outra doutrina, diferente na essência mas igual no nome.
O apoio a ganancia capitalista vai destruir o "Espiritismo". Como ninguém se salva fora da caridade, "espíritas" apoiadores do ganancioso Capitalismo certamente são os primeiros a caírem. O "Espiritismo" morrerá definitivamente, sem direito a qualquer reencarnação.
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