Um dos dogmas mais alardeados do "Espiritismo" brasileiro é a crença de que o início do século XXI seria uma época de grandes transformações humanitárias para melhor e que estas transformações seriam inadiáveis, tendo que ocorrer de qualquer maneira. O Covid-19, inclusive, está sendo usado para tentar servir de prova para este dogma.
Mas se nós analisarmos a personalidade da maioria das pessoas, como elas veem o mundo, qual nível de inteligência (capacidade de processar ideias, analisando, questionando, pesquisando), vamos chegar a conclusão que, pelo menos da Idade Média para cá, mudamos muito pouco. Quase nada.
Continuamos a desprezar o intelecto. Continuamos presos a ilusões supérfluas. Continuamos egoístas, gananciosos e somos capazes de prejudicar os outros para atingir nossos objetivos. Nossas leis são injustas. Não temos personalidade pela necessidade de imitar as maiorias para não ficarmos sozinhos, sempre moldando gostos, ideias, convicções ao gosto da manada dominante.
Apenas a tecnologia chegou a um nível que pode ser considerado satisfatório. Ainda não temos tudo que foi previsto por futuristas, mas o avanço nos permite coisas que pareciam impossíveis há trinta anos atrás. Já a nossa tecnologia interior, a de nosso cérebro, não só não evoluiu como dá sinais de que irá regredir, atrofiando nossa capacidade de raciocínio e impondo retorno ao mais puro instintivismo.
Apesar de falar em evolução humanitária, o "Espiritismo" brasileiro corrobora este atraso humano. Nunca criticou a ganância, apoiou elites gananciosas, não estimulou o desenvolvimento do raciocínio, inventando a contraditória tese da "fé raciocinada", para que todo acreditem naquilo que supostamente foi verificado (e não foi). Além de se aproveitar da caridade paliativa para se promover.
Pois nunca ajudou de fato os mais carentes, preferindo se limitar a dar cestas básicas e fazer tratamentos espirituais duvidosos que nada servem além de mera terapia. Como uma água com açúcar dada a uma pessoa desesperada.
Esse "Espiritismo" nunca contribuiu para o desenvolvimento do país e para o fim das injustiças. Suas lideranças só sabem falar, falar e falar. E mentem adoidado, pois posam de paranormais superpoderosos, inventando estórias absurdas para tentar comprovar esta tese. Estranho que é uma doutrina racional desafiando a lógica e o bom senso, apesar de defendê-los da boca para fora.
O resultado da inércia pseudo-transformadora do "Espiritismo" brasileiro aparece: pessoas ignorantes, odiosas, gananciosas, preocupadas com as suas ilusões, alheias a todo o desastre causado pelo fascismo instalado no país, comandado pelo "Hitler" tupiniquim, Jair Bolsonaro, o "condutor do Coração do Mundo".
Isso sem falar na Covid-19, provavelmente nascida da tentativa de se criar uma arma biológica de guerra política. Doença que impõe um isolamento que já começa a gerar loucura em inúmeros brasileiros, acostumados com aglomerações de bares, boates e templos lotados, já que o nosso povo detesta se divertir sozinho e sente um êxtase quando está no meio de multidões.
Vamos dar o nosso veredicto final: a humanidade não evoluiu e nem evoluirá tão cedo. Allan Kardec alertou que a evolução seria lenta e gradual. Milhões de anos de humanidade são muito pouco para uma evolução bem sucedida. As provas de nossa imaturidade coletiva jorram feito cachoeiras.
É bom que o "Espiritismo" brasileiro reconheça seu fracasso e reveja todos os seus dogmas. Descartar farsantes como a "Santíssima Trindade" Bezerra-Chico-Divaldo, que realizaram inúmeros estragos na doutrina e destruir um monte de bobagens inseridas como "verdades absolutas" dentro da doutrina brasileira (que nada tem a ver com a sua bajulada versão original francesa).
É urgente a mudança radical em uma doutrina que sempre mostrou a sua incompetência em melhorar a humanidade, seguida por uma elite cada vez mais gananciosa e liderada por falsos profetas que usam a farsesca paranormalidade para obter fama, prestígio e - porque não? - dinheiro, já que pelo que eu sei, "médiuns" não se alimentam de luz.
A humanidade realmente fracassou. Ainda somos bebês a engatinhar e balbuciar. Como achar que estamos evoluídos, se não paramos de mostrar a nossa imaturidade diante da realidade complicada que se apresenta?
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