Infelizmente, este blog tem reduzido drasticamente o número de visitas. Numa sociedade que cultua ídolos, criticá-los (crítica não é ofensa), mesmo diante da incapacidade real destes se corrigirem, as pessoas se apegam a estes ídolos como se eles fossem uma fonte misteriosa de um estranho prazer, similar a um orgasmo (só que espiritual), que deve ser mantida presa em seu pedestal.
Não deveríamos cultuar pessoas. Pessoas erram, pessoas mentem, pessoas tem interesses. Ninguém é santo, mas a moralidade distorcida das religiões elegeu uns felizardos para posarem de divindades vivas e atiçar o instinto de idolatria irresponsável, aquela que acredita cegamente no ídolo, sem verificar o que realmente fez, com medo de estragar a estranha tara santa que faz um ingênuo fiel a defender seu ídolo, o que quer que este tenha feito.
Para quem é religioso, os dogmas são verdades absolutas que nunca devem ser mudadas. A simples troca de posição de uma vírgula é capaz de despertar a ira de fiéis religiosos, que sentem prazer em ver uma estória sendo contada de forma tradicional, com as palavras ditas pelas lideranças que elas confiam, símbolo máximo de uma bondade que nunca conseguiu eliminar as injustiças terrenas.
Para muitos, é mais importante proteger esses ídolos do que a humanidade. Invertendo o conselho de Allan Kardec, as pessoas preferem manter de pé um ídolo fajuto do que salvar a humanidade, esta vítima das forças sádicas estranhamente apoiadas pelo ídolo superprotegido.
A ânsia de proteger um ídolo faz com que muita gente se revolte contra instituições, personalidades ou sites que denunciam esses ídolos como farsantes. Presos na zona de conforto de acreditar na perfeição imaculada desses ídolos, como se eles fossem incapazes dos piores erros.
Isso faz com que as pessoas prefiram se agarrar a estes ídolos, tratando a sua crença como verdadeiras, em oposição aos fatos verídicos, já que as crenças soam mais prazerosas, gerando um estranho êxtase só em imaginar a suposta divinização desses ídolos.
Por este apego a ídolos, os sites que denunciam como farsantes, usando provas e confrontando dados, encolhem cada vez mais as suas visitas, pois mexe com as ilusões alheias. proteger os ídolos é muito melhor que proteger as pessoas ou a verdade que as favorece. Ídolos são fontes de prazer e quem os segue os trata como um ópio, como aquilo que satisfaz e nunca deve ser largado.
A verdade machuca muita gente. Principalmente quando revela fatos reais por trás de um ídolo amado por quase todos, mesmo sem ter mexido um dedo para melhorar toda a humanidade.
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