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O plano secreto de dominação "espírita" no Brasil

Brasileiros não costumam se interessar por bastidores. O que acontece dentro do cotidiano de instituições, empresas e até mesmo na vida profissional de líderes e celebridades, não desperta nenhuma curiosidade das pessoas, que acham mais bonito imaginar que as coisas acontecem como em lendas e contos de fada, com um pouco de pieguice e muita pompa.

O desinteresse pelos bastidores elegeu Bolsonaro, já que muita gente nem sabia que ele já estava na política por mais de 30 anos, invisibilizado por não ter feito nada de marcante durante sua carreira de deputado federal. 

O desinteresse pelos bastidores faz acreditar que todo aquele que se assume como "artista" é poeta e cria as canções sem interferência alheia (principalmente de empresários, investidores, produtores e todo tipo de liderança por trás do show business) e sem interesses mercantis.

E esse mesmo desinteresse pelos bastidores transformou o "Espiritismo" brasileiro na religião mais honesta, moderna e altruísta, segundo a opinião pública brasileira. Mesmo que estes três aspectos estejam ocultos, sem a divulgação dos meios de comunicação que chegam a maioria das pessoas.

As lideranças que controlam a parte burocrática do "Espiritismo" brasileiro (não me refiro a lideranças populares como Divaldo e Chico Xavier, mas a cúpula da FeB) são verdadeiros estrategistas e construíram uma seita que pudesse ser igual a outras, mas sem deixar aparecer quaisquer tipos de irregularidade.

Até porque, por ser uma religião, deve servir para favorecer suas lideranças, às custas da fé alheia. É importante mantê-la blindada para que todo o processo de enriquecimento possa ser escondido, se aproveitando de estereótipos de altruísmo paliativo para obter respeito da população.

Essa manobra, que inclui a transformação em dogmas de justificativas para algumas coisas que pareçam irregulares ou até equivocadas, tem dado certo e a fama de charlatanismo presente em outras religiões, parece ser muito bem escondida no "Espiritismo" brasileiro, graças a excelente (mesmo falsa) reputação que possui em relação à opinião pública.

Trocando em miúdos, ninguém sabe das irregularidades do "Espiritismo" brasileiro, famosa como uma religião sem defeitos. Esse trunfo vai fazer com que a religião retome fôlego, mesmo com as denúncias e discussões presentes nas redes sociais específicas da doutrina. A religiosidade não trabalha com a racionalidade e a lógica e por isso, contradições são permitidas, esvaziando estas discussões.

Com a má fama dos neopentecostais, "espíritas" se preparam para tentar impulsionar a sua doutrina como a "religião oficial da humanidade", se aproveitando da forte blindagem que esconde todos os seus erros. A ideia é fazer muita gente migrar para a doutrina, supostamente racional (sem ser de fato), como uma opção religiosa a decepção com outras formas de fé.

A fama de "racional" serve como isca para atrair pessoas de nível superior de formação educacional e de "diferencial" para quem quer posar de inteligente defendendo dogmas ridículos como os vistos no "Espiritismo" brasileiro. Como brasileiros não são muito racionais, ninguém vai verificar esses dogmas, aceitando cegamente em confiança a "médiuns" e palestrantes que as revelam.

Teocracia "espírita" para o povo escolhido de Deus

Mesmo que neguem, a proposta é sim de construir uma Teocracia, pois é uma religião que tem planos dominadores, embora contraditoriamente insista em dizer que não. A frase "todo mundo será 'espírita' pelo amor ou pela dor" é bem ilustrativa deste desejo de domínio.

Essa Teocracia governaria o Brasil "sob a orientação de espíritos" e certamente consagraria dogmas ultra-conservadores como leis oficiais, impondo-os ao cotidiano da população. Chico Xavier se transformaria numa influência absoluta e inquestionável e tudo que ele escreveu, "psicografando" ou não, seria tido como verdade absoluta, oferecendo punição a quem se recusar a aceitar.

Para reforçar a isso, o dogma do povo escolhido - na verdade, um enxerto da religião judaica e dos primórdios do Cristianismo - que considera os brasileiros o "povo escolhido de Deus" favorece ainda mais o "Espiritismo" brasileiro, que só é seguido no Brasil e por brasileiros no exterior, embora viva bajulando sua origem francesa, hoje esquecida e abandonada em seu país natal.

É um perigo ver uma religião com tanta ânsia de poder. Pior ainda esta ânsia ser disfarçada com fantasias de humildade e intenções altruísticas, despertando a confiança cega de um povo já desacostumado a pensar e verificar. 

Os planos do "Espiritismo" brasileiro são cruéis e se aproveitam muito bem da fama positiva que possuem diante da população, que nunca para de despejar frases de Chico Xavier nas redes sociais acreditando que com isso irá obter bênçãos e mudar toda a sociedade para melhor.

Mas a realidade é dura. O "Espiritismo" tem planos de dominar para que o conservadorismo se consagre e as injustiças que beneficiam os mais ricos - como as ocultas lideranças burocráticas da FeB e seus patrocinadores - se mantenham intactas, para que o povo pobre, demonizado pela doutrina, se conforme com as escassas migalhas que chegam às suas mãos. Com a obrigação de agradecer por isto.

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