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Mostrando postagens de outubro, 2019

Contra-reforma "Espírita" e o desespero em salvar Chico Xavier e Divaldo Franco

Um novo Pacto Áureo acaba de se firmar. Finge-se jurar fidelidade a Allan Kardec e forçar a associação de dogmas sem sentido com ciência, sempre se empenhando, seja como for, em defender Chico Xavier e Divaldo Franco, mesmo que estes estejam errados em seus pontos de vista. Com a internet, as discussões que foram tentadas há décadas em tentar eliminar do "Espiritismo" brasileiro os enxertos e equívocos colocados pelos membros da linha igrejeira (a.k.a. Cristã) da doutrina, ganharam força e os devotos de "médiuns" e lideranças afins se sentiram ameaçados de terem que abrir mão da fé e de seus ídolos para continuar seguindo na doutrina.  Como os devotos de Chico Xavier, Divaldo Franco e Companhia não estavam e nem estão dispostos a mudar de ideia, preferiram lançar mão de uma espécie de contra-reforma. Uma contra-reforma diferente, pois resolveram apelar para cientistas - não para analisar, pois o risco de iconoclastia seria alto - para tentar legitimar não

As armadilhas da nova Filantropia Neoliberal

As elites assistem diante de si o fracasso do neofascismo. Descobriram que não dá para proteger a ganância capitalista e as tradicionais desigualdades por meio de restrições de direitos e da violência. Deu ruim. Foi um flop total! Não convence mais ninguém. Mas mesmo assim as elites tentarão de toda a forma manter as desigualdades que mantém as riquezas e privilégios exclusivamente nas mãos de uma minoria, mesmo que diante dos olhos da população comece a aparecer um fiapo de preocupação social, que represente pelo menos uma luz no meio do túnel. Eu disse NO MEIO do túnel. No meio de um túnel sem fim. Com o fracasso da extrema direita, os defensores do mais ganancioso capitalismo, na tentativa de conquistar a opinião pública, agora falam em caridade, filantropia, responsabilidade social, sustentabilidade e outras palavras lindas que no fundo nada significam se ricos continuarem ricos e pobres continuarem pobres. Mas é preciso conquistar a opinião pública, para que a pop

No Espiritismo original, médiuns não passam de "cobaias". No "Espiritismo" brasileiro, se tornam sacerdotes

A comunicação com os espíritos tem sido banalizada no Brasil. O que deveria ser uma oportunidade de conhecimento do mundo não-material se tornou um desfile de mensagens piegas que em nada esclarecem o que acontece do lado de lá, se convertendo em um entretenimento tosco a excitar aqueles que colocam a fé acima da razão. Apesar de se auto-afirmar com insistência de que integram uma "religião racional", "espíritas" brasileiros nunca perderam a oportunidade de colocar a fé acima da razão. A atividade mediúnica, que deveria ser usada exclusivamente para pesquisa, tem se tornado um meio de atrair e iludir seguidores, além de oferecer solução fácil para seus problemas e alimentar a histeria daqueles que não se conformam com o falecimento de entes queridos. Isso tem favorecido a transformação de médiuns (e de "médiuns") em sacerdotes do "Espiritismo" catolicizado (a maneira medieval, bom lembrar), estipulando uma hierarquia frequentemente neg

Devemos nos livrar do tóxico da idolatria

O fanatismo doentio que entorpece os admiradores dos "médiuns espíritas" impede quaisquer oportunidades de raciocínio e de bom senso. A nociva "necessidade" de cultuar ídolos religiosos deveria ser dispensável, pois é evidente que a idolatria nunca trouxe benefícios aos crédulos e à humanidade.  A caridade e as boas sintonias não dependem do fato de estarmos parados feito estátuas diante das figuras de charlatães como Chico Xavier e Divaldo Franco. Mesmo assim é nítido, através de mensagens publicadas em sessões de comentários de sites e de blogs, a defesa apaixonada destes farsantes, demonstrando que os "médiuns" se converteram em ópios humanos a viciar de forma quase incurável seus admiradores mais fanáticos. A religiosidade dispensa a racionalidade e a lógica. Segundo as religiões, o bom senso deve vir da fé (credulidade) e deve dispensar a prova quando a crença se refere a fatores positivos, mesmo que não sejam verdadeiros. A verdade deve vi

Chico Xavier e Divaldo Franco se promoveram às custas da caridade

O Espiritismo original recomenda que a caridade deve ter exclusivamente o objetivo de gerar benefício alheio, principalmente ENCERRANDO os problemas, tirando o sofredor de sua situação indigna e degradante.  Mas o "Espiritismo" brasileiro preferiu usar a caridade não apenas como forma de promoção e canonização de supostos benfeitores como também a usa como escudo para prováveis críticas, já que quase tudo que é feito por "espíritas" brasileiros é completamente errado segundo as orientações da doutrina original fundada na França. No país em que crítica é confundida com ofensa, foi necessário criar um meio de blindar charlatães e maus filantropos, mantendo-os impunes. É nítido que "médiuns", consagrados como benfeitores incansáveis, representam para muitos um objeto de culto, adoração e não raro de histérico fanatismo. Ao invés de "espíritas" focarem a caridade em si, analisando resultados, preferem exaltar benfeitores sem se importar co

Qual a diferença entre uma casa de caridade de uma prisão ou de um manicômio?

É muito bom que as coisas sejam comprovadas para que injustiças não sejam cometidas. Mas o nosso sistema dispensa provas quando o assunto é fé e religiosidade.  Temerosos que a lógica e o bom senso possam desmontar dogmas que soam confortáveis para muitas mentes ingênuas, evita-se ao máximo a sua comprovação, preferindo acreditar na validade de dogmas sem sentido e lideranças religiosas supostamente caridosas. Afinal se há religião, tudo está "óbvio". Isso inclui o funcionamento de casas de caridade administradas por instituições religiosas. Como a bondade foi privatizada, tratada como patente das religiões ("não dá para ser bondoso sem ser cristão, sem acreditar nos dogmas do Cristianismo"), caridade boa á a que envolve a fé, pois "a fé move montanhas". Então tá. Jogar pobres em uma casa ligada a algum templo ou instituição religiosa para receber alguma comida e algum tipo de ajuda desperta confiança diante dos míopes olhos da opinião públi

Religiões começam a desaparecer em sociedades evoluídas. E agora, "espíritas"?

"Espíritas" brasileiros fazem parte de uma religião que acredita ser a melhor do que as outras. Supostamente mais racional e mais moderna, tem dogmas confusos, absurdos e contraditórios, todos resultantes não da verificação isenta e sim da fé cega e da idolatria viciada a supostos benfeitores.  Mas em cerca de 130 anos não conseguiu desenvolver a mentalidade de seus seguidores e nem eliminar as desigualdades sociais, na verdade contribuindo para um altruísmo inerte e para a manutenção de paradigmas ultrapassados de bondade e moralidade. Muitos dos seguidores do moribundo "Espiritismo" brasileiro acreditam que a humanidade inteira passará a acreditar nos dogmas ridículos que defendem, como as crianças índigo e as colônias espirituais, além de idolatrar "médiuns" com poderes dignos de super-heróis de HQ. Mas deu ruim! Enquanto os brasileiros, confirmados como um dos povos mais ignorantes e mentalmente atrasados do mundo (até pelo fato de ser u

Sobre a idolatria a "médiuns" e benfeitores

O "Espiritismo" brasileiro vive se gabando de ser uma religião a prova de fanatismo. Só que não é isso que se vê na prática. Embora o fanatismo observado na seita que consagrou Chico Xavier e Divaldo Franco fuja dos estereótipos de fanatismo religioso conhecidos. É bastante nítido o fato de que há muita preocupação dos "espíritas" em preservar seus ídolos. São muitas as declarações apaixonadas de seguidores da seita, quase sempre usando a caridade supostamente praticada pelos "médiuns" como justificativa. Para os admiradores desses "médiuns", a filantropia praticada pelos mesmos é considerada indispensável, embora não se saiba exatamente o que está sendo feito e seus resultados não vão além do pífio. Além disso, é de se esperar que muito mais gente faça caridade, para que o resultado seja realmente significativo. Mas como tornar isso possível se não raramente empresários gananciosos controlam campanhas filantrópicas? Sem chance!

Esquerdas querem salvar o direitista "Espiritismo" brasileiro

Apesar de possuir dogmas relacionados com o mais retrógrado moralismo cristão, o Espiritismo" brasileiro conserva na opinião pública estereótipos ligados a doutrina original: moderna, racional, humilde e altruísta. Este estereotipamento faz com que a doutrina, comprovada como incapaz de maiores transformações sociais, seja admirada por forças progressistas, que ingenuamente aceitam  contradição entre dogmas neo-medievais e a fama de doutrina racional e transformadora. Vários portais de esquerda como GGN, Carta Capital, 247, e até mesmo o Intercept (que tem feito importantes denúncias sobre a farsa da Operação Lava Jato, apoiada sem ingenuidade por "espíritas" e denunciada  como organização criminosa) e do Cinegnose (que faz brilhantes análises semióticas, mas emperra quando os assuntos envolvem o "Espiritismo" brasileiro), trataram logo de contratar devotos de Chico Xavier em seus quadros, inclusive criando colunas sobre o deturpado "Espiritismo

Filantropia de cativeiro: uma prisão "cheia de amor"

Para a opinião pública em geral, trancar pobres em uma casa e sair por aí dando palestras sobre trivialidades sem importância transforma qualquer um em "exemplo de caridade, responsabilidade social e amor ao próximo". Tudo fica mais lindo quando é colocada a capa da religião, que para multidões ainda ingenuas, é uma garantia de bondade inquestionável e caridade segura. Mas é comprovado o fato que o tipo de caridade praticada pelas religiões - muito menos eficazes que o já precário assistencialismo praticado por ONGs - nunca conseguiu eliminar desigualdades e melhorar a humanidade. Apesar disso, a caridade religiosa continua sendo objeto de admiração, como se as mudanças do mundo dependessem da crença entusiasmada em dogmas surreais. "Médiuns espíritas" tem sido objeto de idolatria fanática não apenas por parte de "espíritas" e espíritas. Tido como a religião mais honesta e moderna por conseguir esconder seus escândalos, o "Espiritismo"

Os puxa-sacos não entendem Allan Kardec

A fé é a grande trava da razão. Não dá para analisar e acreditar ao mesmo tempo. A fé impede que as coisas sejam verificadas e quaisquer mentiras e contradições se tornam aceitáveis, por mais absurdas que pareçam.  A transformação do "Espiritismo" brasileiro em uma religião acabou por cegar lideranças e seguidores que, mesmo em nome da ciência (usada apenas para legitimar tolices e absurdos), acabam por abrir mão da lógica e ignorar o que Allan Kardec pesquisou. Com isso, Allan Kardec, aniversariante de hoje, se tornou um grande desconhecido dos brasileiros. Assim como a ideologia de Jesus Cristo foi distorcida pelos medievais, a de Kardec chegou ao Brasil já devidamente deturpada, com um cientista de formação pedagógica transformado em um reles líder religioso e autenticador de dogmas confusos e contraditórios. Admira-se Kardec, exalta-se Kardec, mas nunca se segue Kardec. Kardec, que com a mais absoluta certeza reprovaria Chico Xavier e Divaldo Franco, cujos

Para a opinião pública, charlatanismo só incomoda se envolver dinheiro

Para a maioria das pessoas, somente os vendilhões do templo devem ser criticados e condenados. Já os escribas e fariseus podem ser perdoados e até blindados, desde que não roubem ou tenham sua desonestidade financeira muito bem escondida da opinião pública. Não existe uma aversão pública aos farsantes do "Espiritismo" brasileiro que seja tão implacável quanto ao ódio que muitos tem dos neo-pentecostais. É nítida a blindagem feita a lideranças "espíritas" e não se tem conhecimento de nenhum escândalo envolvendo algum "espírita" (exceto o caso do João de Deus, só porque envolveu sexo, algo ainda considerado imoral em tempos de neo-conservadorismo). Não há qualquer campanha denunciando a farsa de "espíritas", que além de enganar a todos com dogmas sem sentido que envolvem o cotidiano de seus seguidores, envolve também práticas de charlatanismo e falsas profecias, além da nunca denunciada deturpação doutrinária que fez uma gigantesca lamba