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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

A demonização do Carnaval é um erro

O "Espiritismo" brasileiro é definitivamente conservador. É a posição oficial da FeB, federação a qual controla. mesmo os "espíritas" e espíritas progressistas são obrigados a reconhecer isso. Não por acaso a federação e seus meios oficiais, além de importantes lideranças, apoiaram o golpe e nada fazem contra a presença de um sádico fascista no comando do país. O repertório dogmático do "Espiritismo" brasileiro inclui muitos pontos conservadores de fazer o mais medieval dos seres humanos ficar de cabelos em pé de tão retrógrados que são esses pontos. Entre estes pontos é onde definir a maior festa do país, conhecida como Carnaval, como fonte de energias malignas e palco de um festival de depravações. É um gravíssimo erro pensar desta forma e mostra quão está atrelado o "moderno" "Espiritismo" brasileiro com os ideais ocultos de um neomedievalismo irresponsável. Como achar que a maior festa brasileira, que une multidões em tor

Conheça a Teologia do Sofrimento, base do "Espiritismo" brasileiro, ausente na obra de Allan Kardec

O "Espiritismo" brasileiro, que difere bastante do Espiritismo original em seus dogmas, incluiu no seu repertório dogmático uma teologia medieval, sadomasoquista, que nada tem a ver com a doutrina original, mas que satisfaz as lideranças por manter os fiéis na mais absoluta inércia e reforça o caráter de fé cega que domina a versão brasileira que se acredita racional sem ser. O tal enxerto estranho é conhecido como Teologia do Sofrimento é uma ideia medieval, difundida por Santa Teresa de Lisieux e popularizada por Madre Teresa de Calcutá que alega que o sofrimento é o caminho mais fácil e curto para a purificação espiritual.  É uma teoria controversa e reprovada por vários setores do Catolicismo. Mas que foi abraçado com entusiasmo pelo "Espiritismo" brasileiro graças a Chico Xavier, que nunca deixou de ser católico e entrou na doutrina como um vândalo intruso a destruí-la por dentro. Os que acreditam nesta teologia defendem que a dor melhoraria o ca

O perigo de se usar a ciência para legitimar dogmas irracionais

O "Espiritismo" brasileiro é uma religião que possui uma peculiaridade que a difere das outras crenças: seus dogmas são - supostamente - pré-comprovados pela ciência. Até aí tudo bem, se esquecermos que na doutrina residem muitos dogmas sem pé nem cabeça, que desafiam a lógica e vivem se contradizendo entre si, transformando o "Espiritismo" em uma verdadeira gororoba ideológica. A associação de ideias absurdas com a ciência é um perigo, pois para quem acredita, vê legitimidade no tal absurdo porque ele supostamente foi aprovado pela ciência e colocado em prova diante da lógica e do bom senso. Será que realmente foi? Pasmem: a crença de que dogmas "espíritas" foram aprovados pela ciência é outro dogma. Dogma tão absurdo quanto o da cobra falante na Bíblia. Este dogma de que os dogmas são todos previamente verificados pela ciência tem feito com que o "Espiritismo" se tornasse uma seita elitista, atraindo muitos detentores de diplomas - m

Nem bondade, nem maldade: é apenas conflito de interesses

Recentemente publicamos um texto falando que o conceito que separa pessoas boas das más, base do moralismo religioso dominante, além de ser superficial e por isso equivocado, serve para perpetuar injustiças. Esquecemos de dizer o que ocorre de fato na humanidade que estimula pessoas a agirem como boas e más. Na verdade, tudo é uma questão de conflito de interesses. Deveríamos esquecer os conceitos retrógrados do moralismo religioso, mais condizentes com tempos muito antigos. Uma observação séria e isenta vai perceber que tudo gira em torno do conflito de interesses. Seres humanos são egoístas por instinto e defender convicções, patrimônios e prestígio faz com que briguemos com os outros para que não percamos nossos interesses pessoais. Isso nada tem a ver com ser bom ou ser mal porque, além de fazer parte de nosso instinto, a defesa de interesses pode ao mesmo tempo ser uma coisa boa e má, dependendo do dano gerado ou de quem sofre o dano. Não raramente, bons e maus são vist

Separar seres humanos em bons e maus serve para perpetuar injustiças

Nosso sistema social consagrou o mito que separa seres humanos em pessoas boas e pessoas más. Essa consagração é repetida ad nauseam  e várias instituições insistem em reforçar a ideia. As religiões e as obras de entretenimento - como no cinema, por exemplo - trouxeram mais justificativas para o reforço deste mito, conhecido como "maniqueísmo". Mas este mito é verdadeiro? A resposta é: NÃO! A noção de que estamos divididos em bons e maus é um equívoco, pois somos na verdade integrantes de uma espécie em aprendizado e essa noção é no mínimo subjetiva e por isso, relativa. O que seria bondade e maldade? Será que quando beneficiamos uns não estaríamos prejudicando outros?  O maniqueísmo foi consagrado através da religião e fortalecido pelos meios de comunicação através de obras de ficção e telejornais. Se tornou a base do moralismo cristão que conduz o pensamento conservador. Pensamento que predomina não apenas entre os conservadores como também na esquerda dita progr