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Conheça a Teologia do Sofrimento, base do "Espiritismo" brasileiro, ausente na obra de Allan Kardec

O "Espiritismo" brasileiro, que difere bastante do Espiritismo original em seus dogmas, incluiu no seu repertório dogmático uma teologia medieval, sadomasoquista, que nada tem a ver com a doutrina original, mas que satisfaz as lideranças por manter os fiéis na mais absoluta inércia e reforça o caráter de fé cega que domina a versão brasileira que se acredita racional sem ser.

O tal enxerto estranho é conhecido como Teologia do Sofrimento é uma ideia medieval, difundida por Santa Teresa de Lisieux e popularizada por Madre Teresa de Calcutá que alega que o sofrimento é o caminho mais fácil e curto para a purificação espiritual. 

É uma teoria controversa e reprovada por vários setores do Catolicismo. Mas que foi abraçado com entusiasmo pelo "Espiritismo" brasileiro graças a Chico Xavier, que nunca deixou de ser católico e entrou na doutrina como um vândalo intruso a destruí-la por dentro.

Os que acreditam nesta teologia defendem que a dor melhoraria o caráter do ser humano, pois além de supostamente quitar as suas dívidas (punitivismo) com o destino, desenvolveria um altruísmo por entender melhor quem passa por uma situação desagradável ou danosa.

Além disso, a teologia é uma referência distorcida do sofrimento de Jesus na caminhada para a crucificação, tendo relação a ideia controversa de que o nazareno decidiu sofrer para salvar a humanidade, dando a entender que uma vida cheia de danos seria uma espécie de salvação.

É um conceito equivocado, pois a dor frequentemente pode desenvolver um sadismo por vingança. O fenômeno dos pobres de direita, por exemplo, representa um grupo de sofredores que quer agredir aqueles que supostamente os prejudicaram, mostrando que a dor pode sim, se converter em ódio e violência, desmontando a tese que diz que a dor desenvolve o altruísmo.

ADAPTAÇÃO "ESPÍRITA" DA TEOLOGIA DO SOFRIMENTO

Como o título mostra, esta teologia não aparece no Espiritismo original, organizado pelo pedagogo francês Allan Kardec. É um enxerto alienígena colocado pelos que queriam catolicizar a doutrina, para escapar das punições resultantes da confusão com magia negra, presente na mentalidade das autoridades da época. 

É importante lembrar que a catolicização serviu para colocar dogmas estranhos na doutrina e foi reforçada pela entrada do católico de linha medieval Chico Xavier, que arruinou ainda mais o que já estava bagunçado.

A Teologia do Sofrimento entrou no "Espíritismo" brasileiro por obra do "médium" e dos dissidentes católicos que controlavam a FeB. Claro que ela teve que ser adaptada para se tornar convincente e parecer que fazia parte da doutrina original. 

Para os "espíritas", o sofrimento seria uma espécie de "prova", onde a pessoa, colocada em uma situação danosa, "desenvolveria por si só qualidades" e alçaria níveis mais altos de evolução, como alguém que passa por uma cirurgia para se livrar de uma doença. Isso mais parece quando levamos uma surra, acreditando nos amadurecer após ver nosso traseiro arder de vermelhidão. sadismo por parte de quem bate e masoquismo por parte de quem apanha.

Não é a dor que acelera o progresso espiritual. É o desenvolvimento da racionalidade e uma vida digna que dão a oportunidade dos seres humanos melhorarem. O altruísmo inclusive vem da combinação entre compaixão e racionalidade, facilitando o entendimento do sofrimento alheio por meio da lógica. 

A dor não raramente desperta o sentimento de vingança e de inveja, com desejo impulsionado de prejudicar quem nos prejudicou ou quem tomou o nosso lugar ao sol supostamente por não merecer (a raiva pela dor impede de enxergarmos justiça na aquisição de algum benefício alheio). 

Sendo uma situação que traz sofrimento, trava a racionalidade, pois ninguém pensa direito quando se está com dor imensa, tendo que se esforçar para procurar alguma solução contra a dor. Conhecemos uma pessoa que em momento de dor extrema pro uma distensão muscular nas duas (!!!) pernas, teve que pensar rápido para comprar um remédio, quase por instinto, para se livrar da dor extrema. E ele não virou santo ou intelectual só por sentir a dor.

A TEOLOGIA DO SOFRIMENTO VAI MATAR O "ESPIRITISMO"

A teologia do Sofrimento tem servido para espantar ainda mais seguidores desta versão fajuta da doutrina, cheia de enxertos estranhos e contraditórios em seu repertório dogmático.  Muita gente tem saído da doutrina por causa deste rompimento com a racionalidade kardeciana, gerando uma das maiores apostasias a se conhecer na face da Terra.

Caso a doutrina não rompa definitivamente com sua catolicização, jogando na incineradora todos os dogmas estranhos que absorveu, vai morrer de uma vez por todas, e sem direito de reencarnar, pois destruiu uma das prerrogativas mais valiosas da doutrina: o compromisso com a racionalidade que deveria garantir dogmas mais sensatos e coerentes com a doutrina original.

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