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Rabugice de Carlos Vereza é coerente com o igrejismo do "Espiritismo" brasileiro

Temos que aceitar o fato de que o "Espiritismo" praticado no Brasil não é o mesmo codificado por Allan Kardec. No Brasil se construiu uma igreja, inspirada nas ideias de Jean Baptiste Roustaing. Como Roustaing não tem carisma, pegou-se as ideias deste e embutiram em Allan Kardec, cujas ideias seriam progressistas demais para uma igreja. Uniu-se uma ideia sem autor com um autor sem ideia e deu no que deu: Allan Kardec "aprovando" as besteiras roustainguistas seguidas pelo "Espiritismo" brasileiro.

Isso permite que haja erros doutrinários que favorecem o surgimento de figuras semi-medievais como Chico Xavier, Divaldo Franco e o ator Carlos Vereza, a mais retrógrada e antipática das celebridades brasileiras. Um velho gagá que se acha "moderno" e "sábio" só porque carrega o rótulo de "espírita" em sua testa. Allan Kardec tinha horror por pessoas com a mentalidade medieval de Carlos Vereza.

Sim, porque graças ao também medieval Chico Xavier, educado pelo Catolicismo medieval praticado na cidade de Pedro Leopoldo no início do século XX (a forma de Catolicismo que havia na época no interior brasileiro), o "Espiritismo" acabou virando um acordo entre os "bruxos" medievais e o Catolicismo das Cruzadas, atraindo uma inúmera quantidade de espíritos medievais, vários da Companhia de Jesus, à forma deturpada da doutrina.

Não é de se estranhar as declarações retrógradas ditas por Divaldo Franco m Goiânia e nem a rabugice que o "ancião" Carlos Vereza mostra nesta entrevista. O pensamento dele é o pensamento da FEB. É o pensamento de Jean Baptiste Roustaing, que era um advogado conservador. O conservadorismo das lideranças "espíritas" tem espantado muitos seguidores e há notícias de centros fechando as portas por falta de público. Cada vez mais o "espiritismo" brasileiro se distancia de Kardec, com quem rompeu praticamente desde a fundação da FEB.

Carlos Vereza te dado declarações que, se não vão contra o pensamento da FEB, é totalmente o oposto do que pensava Allan Kardec. As referências a ciência e a matemática citadas por Vereza são na verdade bajulações puramente subjetivas. Como se a ciência e a matemática fossem religiões. O próprio Vereza, ao chamar Deus de "matemático" deixa claro este ponto de vista nada racional. Como se a ciência pudesse ser guiada pela fé.

É triste saber que mesmo o Espiritismo original anda manchado por lideranças e por dogmas absurdos graças a personalidades influentes que ensinam errado para aqueles que não têm tempo de se aprofundar no assunto.

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