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Como é doce a vida de um "médium 'espírita' "

Como é maravilhosa a vida de um "médium" do "Espiritismo" brasileiro. Por isso, fica bem fácil posar de "divindade encarnada" e "sábio de máxima evolução". Vários fatores facilitam muito a vida de quem quer se fazer de "intermediário das ordens superiores", garantindo não apenas o bem estar material como a admiração de quase toda a humanidade.

Já pensou você não trabalhar, vivendo de ajuda de governos e autoridades, só porque "se dedica exclusivamente à prática da caridade", tendo a admiração de multidões que acreditam não apenas no seu suposto trabalho filantrópico como nas "mensagens de sabedoria" que nunca passaram de textos banais sobre bondade maquiados com palavras mais complicadas, para dar impressão de falsa erudição.

E ai de você se denunciar a farsa envolvendo algum "médium": logo será humilhado por levantar dúvidas sobre "homens tão bondosos e sábios", "trabalhadores em prol dos mais necessitados". A blindagem construída em torno desses farsantes é sólida como um chumbo e os protege de qualquer tipo de crítica. Até delitos podem ser cometidos por estes médiuns que nada acontece. A cadeia é uma utopia para esses "bondosos homens" que podem errar pois tem a proteção "divina".

E para quê trabalhar? Embora vários deles preferem se definir como "funcionários públicos aposentados", nada se ouve falar sobre a vida profissional. Afinal são "militantes constantes em prol do bem estar do próximo", alegando falta de tempo para se dedicar algo que não seja a caridade. uma caridade sem resultados, pois a pobreza só aumenta e se torna a cada dia mais miserável.

O "trabalho" deles é empresar o nome a instituições de caridade supostamente administradas por eles - na verdade casas onde pobres são jogados a própria sorte, mas com direito a cama e a comida, tudo bem rudimentar - e fazer palestras sobre banalidades que poderiam muito bem ser discutidas em conversas informais entre amigos e parentes. 

Vários viajam a fazer palestras pois a semente da erva daninha do falso "Espiritismo" deve ser espalhada para que a ganância dos mais ricos não possa ser incomodada.O "Espiritismo" brasileiro e uma seita de elite e vários de seus seguidores pertencem a classes muito bem prósperas e graduadas.

Não raramente usam parte da própria grana da caridade para se sustentar. É assim: a casa de caridade precisa de R$ 1.000,00? Pede -se R$ 10.000,00, aplica-se os tais R$ 1.000,00 e se mantém com o resto. E autoridades e ricaços dão, acreditando estar eliminando a miséria da face da terra, ao mesmo tempo que estranhamente impedem meios mais eficientes de acabar com as desigualdades. A melhor maneira de eliminar a miséria sem acabar com desigualdades é através da caridade"espírita": conforta-se os aflitos sem afligir os confortáveis.

Pronto, tudo maravilhoso: a caridade foi feita e o "médium" pode se pavonear a vontade sem se preocupar com o salário do final do mês. Tudo isso diante de aplausos e elogios de ingênuos fiéis apaixonados pelo suposto "sábio benfeitor", que "encerrará a sua capacidade de reencarnar". Sabe de nada, inocente!

Uma classe pouco interessada no bem estar dos menos afortunados. Até porque se limitam a dar alimentos baratos e agasalhos velhos, coisas que não lhes servem, para os mais necessitados, tratados na melhor das hipóteses como cãezinhos mansos.

Entre esses, há muitos juízes "espíritas", muito úteis para que as acusações de charlatanismo possam se desfazer no ar feito fumaça e impedir que esses verdadeiros farsantes, praticantes da sedutora verborragia, vão para atrás das grades, onde mereciam ficar.

Mas como são blindados, sustentados e admirados, concluo dizendo: como é doce a vida de um "médium 'espírita' ". Acho que vou me tornar um para ver se me dou bem na vida.

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