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A gananciosa elite brasileira e a caridade "espírita"

Para entender o conservadorismo do "Espiritismo" brasileiro é necessário entender, além de suas lideranças,  os seus seguidores. 

Sendo uma religião de elite, ela deve estampar em seus dogmas, os interesses dessas elites, mostrando a que nível a doutrina brasileira rompeu com a versão original francesa, hoje em nítido processo de esquecimento.

Uma religião que não conseguiu transformar a humanidade para melhor, pelo contrário, apoiando um golpe político com fins claramente gananciosos, tem que ter a cara de seu público, um bando de gananciosos que posam de bondosos e que reservam que os mais necessitados apenas meras migalhas, demonstra seu claro desprezo não somente pela verdadeira caridade kardeciana como também com o progresso da humanidade.

As elites que seguem o "Espiritismo" brasileiro têm um perfil bem claro: portadoras de diploma de nível superior, se acham sábias e racionais, algo desmentido pelo fato de defenderem dogmas tao absurdos e contraditórios. São economicamente prósperos, mesmo não pertencendo a classe dos grandes capitalistas, o que justifica seu relativo egoísmo. 

"ESPÍRITAS": "CARIDADE NUNCA DEVE SER TRANSFORMADORA"

A caridade praticada por esta elite nunca poderia ser transformadora e revolucionária. A elite sabe que perderá com a caridade recomendada por Allan Kardec. Por isso se empenha ao máximo em defender uma forma de altruísmo que não seja redistributiva, usando a caridade apenas para se auto-promover como pessoas "caridosas" e garantir um lugar nos "planos espirituais superiores".

A caridade "espírita" praticada no Brasil deve dar aos mais necessitados o mínimo possível. Deve-se apenas aliviar a dor em vez de curar a doença da pobreza. São aquelas instituições que jogam uma porção de pobres dentro de umas casas e se limitar a dar alimento, proteção e uma educação que desestimule o senso crítico e a racionalidade.

Esta educação nunca deve ir além de mera preparação para o semi-escravagista mercado de trabalho, somado ao recebido moralismo cristão que faz os auxiliados se transformarem em obedientes animais de estimação em versão humana.

Esqueçam medidas que estimulem a real transformação humanitária de toda a humanidade. Claro que a transformação da humanidade deve vir nos discurso publicitário, para que lideranças "espíritas" sejam promovidas e adoradas. Mas a real transformação mexe nos interesses das elites, que não gostariam de ver seus caros supérfluos servindo para dar dignidades a quem mal tem o que comer.

CARIDADE PARA FINGIR BONDADE

Transformar a humanidade é ruim para as elites, que disfarçam a ganância sob os mais pomposos rótulos, pois ninguém quer se assumir como cruel, pois espanta outra pessoas e principalmente os benefícios que podem vir delas. 

Todos sabem que ser mau é muito ruim e o ideal, para as elites, é fingir de bondoso, sem ser de fato. Isso é unir o útil ao agradável, fingir de bom para agradar aos outros, mas sem que a bondade prejudique interesses gananciosos, tão estimados pelas elites.

Por isso que a caridade "espírita" é tão hipócrita e ineficaz. Ela tem que ser feita para garantir a fama de "doutrina da caridade", mas nunca de forma realmente eficaz, pois prejudica os interesses de quem as mantém. Mais uma prova de que o "Espiritismo" praticado no Brasil nunca passou de uma farsa criada para satisfazer os interesses de uns poucos arrogantes que se acham donos da humanidade.

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