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Porque o "Espiritismo" virou uma seita de charlatães?

Muita gente se chateia e até se sente ofendida diante de críticas feitas a lideranças e personalidades do "Espiritismo" brasileiro. Mas as críticas são sensatas e baseadas na observação fria do que é feito na prática. Se usarmos a lógica e o bom senso vamos ver que tudo que é feito no "Espiritismo" brasileiro está muitíssimo aquém do que recomenda a doutrina original francesa.

A fé cega e a pieguice impedem as pessoas de fazerem análises lógicas, o que facilita a confiança cega nas lideranças que no fundo enganam seguidores com a finalidade de usar a fé religiosa como meio de poder, além de forma de obter vantagens e quicá, lucros financeiros.

O "Espiritismo" brasileiro ainda se mantém de pé por causa do verniz de "ciência" que utiliza para atrair pessoas um pouco mais intelectualizadas (ou pelo menos portadores de diploma que se acham intelectualizados por este motivo). Ms na pática se revelou uma igreja como quaisquer outras e lança mão da fé cega para seduzir e enganar. 

FALTA DE RACIONALIDADE FAVORECE CHARLATANISMO

A falta de compromisso com a racionalidade kardeciana transformou o "Espiritismo" brasileiro numa verdadeira baderna doutrinária com dogmas que se contradizem e uma pieguice irracional que protege qualquer irregularidade cometida no meio, o que ajuda a sobrevivência da seita mesmo com os escândalos que ocorrem sem parar, mas abafados por uma mídia cúmplice.

A falta de estudos sérios favoreceu a entrada de vários charlatães que em nome de suposta "mediunidade" (resultante de fingimento ou de doenças como esquizofrenia) conseguem difundir ideias sem pé nem cabela e exercer um poder quase sobrenatural sobre ingênuos seguidores que, despidos da verdadeira racionalidade, confiam cegamente em tudo que e dito pelos "médiuns".

Confundidos com cientistas, profetas e até divindades, os "médiuns" nunca passaram de meros sacerdotes da igreja "espírita". São homens comuns que encontraram na atividade religiosa a oportunidade de exercer influência, mantendo multidões sob seu controle.

É tolice acreditar que os "médiuns" sejam homens "puros" enviados pelos planos divinos para "educar" a humanidade e se observarmos bem o que eles falam, nada tem de sábio, se limitando a pura pieguice já observada em muitas religiões, sobretudo as de linha cristã.

Mesmo a mediunidade alegada não é praticada de forma responsável, o que serve de conformação para o charlatanismo do "Espiritismo" brasileiro, que dispensou a racionalidade kardeciana se recusando a estudar profundamente a comunicação com os mortos. Na prática, o "Espiritismo" brasileiro se comporta como uma "tábua Ouija" em forma de seita.

É um prato cheio para a intromissão de charlatães, homens que fingem contato com os mortos e forjam sabedoria máxima, enganando multidões para forçarem estas a satisfazer os interesses particulares de líderes e personalidades. 

A caridade aparece apenas como forma de garantir uma boa imagem a esses líderes, já que o resultado do altruísmo praticado nunca deixou de ser pífio. Na verdade ela é usada como escudo para críticas, quando líderes poderão dizer "me puna e os pobres ficarão sem pão", garantindo a impunidade de charlatães e falsos profetas.

IGREJA EM DECADÊNCIA

O "Espiritismo" brasileiro está em franca decadência. Sem poder explicar a realidade, ele se assume como doutrina irracional (exatamente o oposto de seu alegado "diferencial"), afastando os que se atrevem a estudar mais. Ela nunca foi além dos 2% dos brasileiros e recentemente caiu para 1,8%, que num país hiper-populoso como o Brasil significa uma grande quantidade de apóstatas.

O caminho para o seu fim, senão está próximo, está certo. Quem mandou não estudar Allan Kardec, favorecendo a entrada de falsos paranormais que no fundo desejavam transformar a "mediunidade" em uma profissão, iludindo uma imensa massa de ingênuos que aos poucos começam a acordar para a realidade que sempre ignoraram.

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