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Falecimento de lideranças pode extinguir o deturpado "Espiritismo" brasileiro

Nos últimos anos, vemos várias lideranças do "Espiritismo" brasileiro deixando este mundo ("desencarnando", de acordo com o jargão "espírita"). Sem uma nova liderança a manobrar as massas, o que se pode dizer é que com o falecimento dessas lideranças, o destino para o "espiritismo" brasileiro será o seu fim definitivo e sua substituição por uma forma mais racional, menos igrejista, que pudesse retomar o Espiritismo original, ainda inédito no Brasil.

Recebemos a notícia do falecimento de Richard Simonetti, de câncer, no último dia 03/10 (o que deve agitar os "espíritas" mais fanáticos que adoram coincidências, por ser a data de aniversário de Allan Kardec - já não bastou "Espelho da Vida" ter estreado na data de aniversário de Herculano Pires, 25/09), após o falecimento de Nazareno Tourinho e da famosa Zíbia Gasparetto e de um parente desta pouco antes. Em 2016, foi a vez de Alamar Régis ter morrido, também de câncer.

Pela idade elevadíssima (91 anos) e por problemas de saúde secretamente tratados, a expectativa é grande pelo falecimento de sua maior liderança, Divaldo Franco, uma espécie de "Papa" para a forma igrejista da doutrina. Seu possível sucessor, o latifundiário João de Deus é outro idoso doente, cujo falecimento deve facilitar a extinção da forma deturpada do "Espiritismo" brasileiro, sem novas lideranças.

Sabe-se que possíveis jovens lideranças como José Medrado (com 57 anos) e Robson Pinheiro, não tem as condições de substituir Divaldo Franco. O primeiro não conseguiu projeção nacional, se limitando a ludibriar membros da elite baiana. Pinheiro, por sua vez, manchou a sua reputação com dois livros de fake news tentando incriminar as forças progressistas que trabalham em prol dos mais pobres. tanto Medrado e Pinheiro se tornaram cartas fora do baralho.

No desespero causado pela falta de uma nova liderança, a FEB decidiu "ressuscitar" Chico Xavier e entregá-lo para as forças progressistas, que se empenham em fazer propaganda a favor do beato mineiro. Isso ocorre com o desprezo pela clara simpatia do "médium" pelos ideais conservadores hoje representados pela figura de Jair Bolsonaro. Convém lembrar que a entrevista para o Pinga Fogo em 1971, Xavier mostrou ideias totalmente afinadas com o candidato neofascista e com muita certeza, se estivesse vivo, declararia seu voto no controverso ex-capitão.

Resta agora a FEB assumir a sua decadência e decidir entre seu fechamento ou sua mudança radical de ideologia. Sem uma nova liderança a fazer o papel de "Papa" deste Neocatolicismo enrustido  reencarnacionista, o que resta é extinguir a forma deturpada e retomar a racionalidade kardeciana, ainda tão desconhecida dos brasileiros, apesar de toda a bajulação feita ao pedagogo de Lyon.

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