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Bolsonaro e Divaldo Franco: perfeitos cavalos de Troia. E nao foi por falta de aviso!


Prudência é uma qualidade ausente na maioria dos brasileiros. As pessoas que vivem no Brasil só percebem que algo está errado quando é tarde demais, quando os danos aparecem e se tornam difíceis de serem resolvidos. E nem adianta avisar com antecedência sobre problemas vindouros: as pessoas não costumam dar ouvidos a conselhos sobre perigos desconhecidos.

A eleição de Jair Bolsonaro, tratada como um simples joguinho de futebol (interessava para quem votou no ex-capitão tirar o adversário do jogo político), agora se mostra um grave erro que pode colocar o Brasil, um país que nunca conseguiu se desenvolver de fato, a perder. Por uma simples briguinha de partido X contra partido Y, colocamos o Brasil no caminho para a falência total. Um desastre resultante de nossa mentalidade infantil, nada racional.

Mas não foi por falta de aviso. Até mesmo forças conservadoras, mas que não simpatizantes ao neofascismo proposto por Bolsonaro, já haviam alertado sobre os perigos de colocar um governante, comprometido com ideais reprováveis, no poder. Mas todos os conselhos foram entendidos como "benéficos ao candidato adversário" e infelizmente, o neofascismo ganhou. Finalmente vamos conhecer, sentindo na própria pele, o regime que consagrou Mussolini, Hitler, Salazar e Franco.

Por falar em Franco, o que aconteceu com Bolsonaro, em que um perigo pré-anunciado foi ignorado, favorecendo a aceitação do mesmo e resultando em desastres difíceis de se reverter, um impostor que fingia ser "médium" penetrou na doutrina "espírita" (já deturpada pela FEB e por Chico Xavier, outro farsante) para completar o estrago já feito e se tornou a maior liderança da doutrina atualmente, para o azar de quem desejava ver de volta a racionalidade kardeciana descartada no Brasil.

Também não foi por fata de aviso, pois Herculano Pires, fiel tradutor de Allan Kardec, havia alertado sobre a vigarice de Divaldo. Herculano preferiu não fazer o mesmo com Xavier, seguindo o esquema "amigos, amigos, negócios a parte". Mas era um crítico ferrenho da deturpação apoiada por Xavier e também por Divaldo Franco, comprovando sem rotular, que os dois "médiuns" eram os inimigos internos que Erasto havia alertado para Kardec.

A aceitação de deturpadores causou um verdadeiro vandalismo na doutrina espírita, transformando-a em um engodo igrejeiro cheio de contradições em que a fé cega se sobressai diante da racionalidade, embora esta seja muito referida - frequentemente, mas em vão - sem ser posta em prática. Xavier morreu, mas Divaldo segue sendo o principal nome da doutrina, mesmo com os sábios alertas que o denunciaram como farsante.

Quem conhece Divaldo sabe que o compromisso dele com a doutrina original é da boca para fora. Ideologicamente, Divaldo é o oposto de Kardec, sendo um sacerdote aos moldes do Catolicismo medieval (até a voz de padre e o celibato assumido pelo "médium" completam a semelhança), difusor de ideias confusas facilmente derrubáveis pela racionalidade kardeciana.

O problema, visto tanto em Divaldo como em Bolsonaro, é que ambos tem o dom do discurso. sabem cativar mentes frágeis. Falam para pessoas que não estão dispostas a raciocinar. Oferecem credibilidade por estarem ligados a valores duvidosos que são tidos como "positivos" para uma sociedade passiva, carente de "salvadores da humanidade".

Divaldo e Bolsonaro são os cavalos de Troia cuja beleza fascina e cega, fazendo seus admiradores ignorarem os perigos escondidos em seus sedutores discursos. Mas não foi por falta de aviso que estes dois farsantes, vândalos ideológicos em seus ramos, foram facilmente aceitos por mentes ingênuas que enxergavam virtudes onde não havia. Agora, assumam e aceitem os danos.

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