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O cego fascínio de personalidades progressistas pelo ultraconservador Chico Xavier

As forças progressistas, conhecidas como "esquerdas" ainda precisam aprender muito. Além de não terem o espírito de ruptura, tendo como meta a inclusão no mesmo mundinho comandado pelos conservadores (direita), várias personalidades progressistas tem como ídolos várias personalidades de direita, mas estigmatizadas de forma a causar simpatia em progressistas. É o caso do ultraconservador Francisco Cândido Xavier, o Chico.

São muitas as manifestações de personalidades e entidades progressistas a favor do "médium", uma personalidade de mentalidade retrógrada, devoto da forma mais medieval de Catolicismo e entusiasta da ditadura militar e de políticos de direita, como Fernando Collor e Aécio Neves, além de ferrenho opositor das políticas progressistas e de movimentos sociais como MST. Sempre que havia oportunidade, Xavier nunca deixava de "descer o cacete" na esquerda e em suas personalidades.

É um caso de amor não-recíproco onde a pessoa se apaixona por outra que prefere ver seu admirador longe. É estranho ver que muitos progressistas admirem de forma apaixonada um ultraconservador cuja forma de caridade, apesar de superestimada com teimosia, nunca forneceu resultado digno do "maior filantropo que o Brasil já teve". Nem mesmo cobrar das autoridades Chico teve a iniciativa de fazer, preferindo se limitar a querer delas apenas prêmios e afagos.

Mas porque os progressistas se apaixonam por Chico Xavier? É na verdade uma questão de confiança nos estereótipos e na fé cega religiosa. Xavier corresponde ao imagem consagrada do velhinho bondoso - de fato, ele era simpático com aqueles com quem falava - além de ser uma liderança religiosa, que , para o senso comum, carrega o estereótipo do filantropo, como se essa fosse a função do líder religioso. Silas Malafaia e Edir Macedo que o digam.

O "poderoso altruísmo" atribuído erroneamente a Chico Xavier é na verdade um dogma religioso. É o equivalente da virgindade de Maria para os católicos e a meritocracia para os evangélicos: algo comprovável como impossível, mas que é confortável ser tratado como "verdade". Essa ilusão é que faz com que até hoje Chico Xavre seja adorado de forma fanática, a ponto de seduzir justamente quem se opões ideologicamente a ele.

Mas é preciso abrir os olhos em relação a Chico Xavier. Direitista e mal-filantropo, Xavier é a pior pessoa a ser admirada pelos esquerdistas. Provavelmente a pior.

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