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Estamos muito longe de resistirmos ao canto de sereia de Chico Xavier

As forças progressistas estão cada vez mais apaixonadas pelo ultra-conservador neo-medieval Francisco Cândido "Chico" Xavier. O beato que só queria rezar foi transformado em semi-deus hiper intelectualizado, sem mover uma só palhinha e seu prestígio se converteu em uma blindagem digna de uma divindade incontestável. 

Xavier, que deturpou toda uma doutrina a ponto de reduzi-la a uma igreja com dogmas confusos, apesar do estigma de "doutrina científica" ter se consagrado, está cada vez mais em alta. Na falta de uma nova liderança, a FEB decidiu ressuscitá-lo como maior liderança do "Espiritismo" brasileiro, que desde o início rompeu com Allan Kardec apesar de mantê-lo como objeto de bajulação.

Patrono de uma seita que ainda não se manifestou a respeito do governo fascista de Jair Bolsonaro - uma omissão que sugere um secreto apoio - Chico Xavier nunca passou de um mero beato com problemas mentais e cujos livros, escritos com uma equipe de editores da FEB, sempre mostravam pontos de vista pessoais do "médium" seja qual for a "autoria" atribuída, o que revela de fato o superestimado beato como "pai dos fakes". 

Na proximidade da confirmação da suposta profecia - na verdade um reles sonho de conteúdo igrejeiro - conhecida como "Data Limite", o nome do beato deve voltar a frequentar os meios de comunicação e a imaginação de ingênuos . O pior que estão tentando reabilitar Xavier não como um "papa" ou algum tipo de liderança religiosa. 

Há intenções claras de rotulá-lo como um intelectual, um cientista, pois os fãs de Xavier desejam muito embutir qualidades no "médium" na ânsia semi-pornográfica de garantir o caráter sobre-humano, transformando em uma "coletânea de virtudes", como forma de comprovar a sua "divindade". 

Com isso, os livros dele, alem de serem vendidos com mais frequência, rendendo mais dinheiro para a FEB, servem de manipulação ideológica a converter ingênuos pelo Brasil - felizmente a religião se encontra fraca nos outros países, menos vulneráveis ao canto de sereia do "médium" embusteiro - que acreditarão nas bobagens lançadas pelo esquizofrênico mineiro de Pedro Leopoldo que fingia conversar com os mortos.

Mas o trabalho de reabilitação de Xavier tem sido bem sucedido. A imagem consagrada de "maior filantropo do mundo" tem feito muitos se apaixonarem pelo farsante e pode ser um trunfo para que Xavier se torne curiosamente o "novo líder" da doutrina após o falecimento de Divaldo Franco, hoje com mais de 90 anos e muito doente. Provavelmente esperando a próxima copa de futebol para "desencarnar". Com Bolsonaro segurando a taça junto com Neymar, outro superestimado.

Vamos ter que engolir um monte de bobagens que servirão para impedir o "Espiritismo" brasileiro, um rol de bobagens, de se extinguir. Xavier e sua "Data Limite" serão usados à exaustão para que o esquizofrênico "médium" não saia das mentes ingênuas de seus admiradores e garante os lucros da FEB por muitos anos. Lucros que supostamente teriam ido para uma caridade que nunca conseguiu acabar com as desigualdades no país.

Aguardemos om imensa paciência o desenvolvimento intelectual do povo brasileiro para que se torna cepaz de resistir a um poderoso canto de sereia de uma personalidade mais do que duvidosa, capaz de travar a evolução espiritual de uma sociedade tradicionalmente avessa ao progresso e a racionalidade. Fato comprovado pela eleição de Bolsonaro e pela inércia de uma esquerda cada vez mais preocupada em preservar estereótipos nacionais, incluindo o beato que fingiu falar com mortos.

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