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O crescimento da ultra-direita comprova farsa do "Espiritismo" brasileiro

O "Espiritismo" voltou a estar em alta, pelo menos nos assuntos populares, não somente pela proximidade da suposta concretização da "profecia" conhecida como "Data Limite", teoria  de fundo igrejeiro e cheia de graves erros feita para promover o beato Chico Xavier, mas também pelo escândalo sexual envolvendo o latifundiário e médium-charlatão João de Deus. 

Mas também é o tempo da deturpada doutrina ser colocada em xeque, pois desde que surgiu no Brasil, importando ideais de Jean Baptiste Roustaing, viveu espalhando muitas mentiras e contradições, entre estas a ideia de que a humanidade acalaria seu progresso espiritual no início do século XXI.

Este pensamento, se baseando nas teses lendárias lanadas por outras seitas e filosofias místicas, portanto de caráter duvidoso, ignora as recomendações de Kardec de que a evolução seria lenta e gradual. Lenta e gradual não significa míseros dois mil anos, mas cerca de milhões de anos, séculos talvez. 

Já chegamos ao famigerado "terceiro milênio" e só vemos a humanidade não somente se estagnar em sua evolução intelectual e afetiva como ela já começa a retroceder, jogando na incineradora importantes lições de vida e retomando a brutalidade vista em tempos como os anos 30 da Alemanha nazista. Sim, amigos, infelizmente, o fascismo coltou e está na moda, para o desespero de muitos.

A ressurreição fascista - fato em crescimento mundial - foi reivindicada pelos capitalistas para manter a ganância empresarial após a crise de 2008, para que multidões pudessem perder renda e direitos e onde silenciosamente e discretamente se pudesse matar aos poucos grandes quantidades de seres humanos para que o nababo dos maiores magnatas d mundo nunca pudesse ser repartido.

O que é mais estranho é que ideais fascistas, graças a propagandas muito bem elaboradas (entre elas as bem sucedidas campanhas assinadas pelo publicitário neofascista Steve Bannon) tem ganhado apoio popular de multidões que curiosamente são as vítimas em potencial dos danos causados pelas políticas neofascistas. 

Parece que desejar mal ao próximo, seja por perversidade, seja pelo simples desespero de sobreviver em um mundo sem direitos e sem prosperidade futura a curto e médio prazos, virou moda. Nunca se agrediu e se ofendeu tanto os outros como nos últimos anos. 

Graças a determinadas características determinadas pelas campanhas publicitárias neofascistas, se construiu perfis de pessoas e grupos transformados em inimigos em potencial, marcados para serem punidos ou até mesmo assassinados, para que os interesses de quem sobreviva possam ser preservados, mesmo de forma precária.

Este cenário vai contra as previsões espalhadas em centros "espíritas", que elegeram o século XXI como de intensas transformações (para melhor), chegando a forçar a mudança de classificação do planeta para "de fase de regeneração", onde a intelectualidade, o altruísmo e consequentemente a prosperidade alcançaria níveis notáveis no cotidiano humano.

Mas veio esta surpresa, a retomada do neofascismo e de ideais em que clamam pela eliminação de seres humanos para que poucos possam ter muitos bens, dinheiro e privilégios. Capitaneadas e patrocinada pelos maiores magnatas do mundo, as campanhas neofascistas tentam seduzir multidões de mal-informados para obter apoio popular a medidas que vão contra os interesses deste mesmo apoio popular.

Isso mostra que o "Espiritismo" brasileiro, francamente rompido com a racionalidade frequentemente alegada, se reduziu a mera igreja de fé cega, alheia ao mundo real e incapaz de oferecer soluções eficazes para os problemas reais. 

Com o neofascismo, secretamente apoiado por dirigentes "espíritas" brasileiros, damos um gigantesco passo para trás, enterrando de vez o mito falso de que evoluiríamos com rapidez neste século que se inicia. Uma verdadeira prova da falsidade do "Espiritismo" brasileiro, uma seita metida a científica, mas que sempre se recusou a estudar a realidade cotidiana. Lamentavelmente.

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