Queiramos ou não, Chico Xavier é o símbolo máximo do que os brasileiros conhecem como "Espiritismo" brasileiro. Um bem sucedido trabalho publicitário conseguiu transformar um reles beato católico em semi-deus e dono absoluto da humanidade.
Isso serviu para atrair uma legião de fanáticos que não conseguem enxergá-lo como o intruso que deturpou toda uma doutrina. E este fanatismo só piorou ainda mais o estrago cometido pelo beato que fingia conversar com os mortos.
Graças ao fanatismo doentio que coloca Chico Xavier acima dos interesses particulares de seus seguidores (que deveriam lutar pelos direitos a serem encerrados no novo governo, ao invés de cultuar com devoção um charlatão), o que deveria ser uma doutrina, se transformou numa seita de fé cega e dogmas absurdos e contraditórios.
Mas não adianta alertar os fanáticos sobre a vigarice de Chico Xavier. Fanáticos são teimosos e não toleram pontos de vista diferentes dos seus, mesmo que tais pontos de vistas estejam corretos e justos. Agarrar para si o Velocino de Ouro que é o "médium" mineiro é importante para os fanáticos, que rejeitam tudo e todos que tentarem romper a zona de conforto chiquista.
Após o texto Espíritas signatários do manifesto contra Bolsonaro não seguem linha consagrada por Chico Xavier, o mais recente dos mais lidos neste blog, notamos uma redução drástica nas visitas do mesmo, dando a entender que muitos chiquistas (que se acham "kardecistas") se sentiram ofendidos com o texto. Pura má informação.
Os signatários do manifesto citado no texto são espíritas (sem aspas) que lutam pelo retorno às bases kardecianas e o retorno do Espiritismo à sua condição de ciência. Os signatários respeitam Xavier como ser humano, mas não o reconhecem como liderança espírita. Consideram Xavier apenas uma personalidade simpática e até certo limite, bondosa, mas que de fato nunca entendeu a doutrina.
Mas para quem é fanático por Chico Xavier, o "médium" mineiro não somente é a "maior autoridade do Espiritismo" como também é um "espírito puro", "de elevada evolução", com "bondade infinita" e que "não necessita mais reencarnar", sendo para seus fãs um "colecionador das mais nobres qualidades do mundo", além de "possuir vários superpoderes", privilégio da "divindade viva que era".
Este conceito sobre o "médium" tem feito com que muitos admiradores tenham que defendê-lo de forma agressiva, ofensiva até, por entender que Chico Xavier nunca deva ser descartado. Embora este blog ache que caridade nunca deve ser personalizada. Se acha bonito ajudar o próximo, ajude você. Não espere que outro a faça, nem mesmo a "mais poderosa" liderança religiosa.
Triste ver que nosso blog, tão esclarecedor, esteja perdendo em visitas. Torcemos que retomemos a grande frequência de visitas, com direito a crescimentos cada vez maiores. É importante esclarecermos a população e livrá-la do fanatismo cego que aos poucos se converte em fundamentalismo, prejudicando os interesses da maioria da população.
Nunca precisamos de Chico Xavier. Ele pode - e merece - ser descartado. Façamos nós mesmo a caridade sem depender da boa vontade de lideranças religiosas. É muito mais interessante ver uma população com qualidade de vida e direitos respeitados do que proteger "na marra" uma liderança que de fato nunca conseguiu eliminar a miséria em nosso país.
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