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Desmontando a farsa da caridade de Chico Xavier

A imagem de Chico Xavier como um indivíduo humilde, bondoso e comprometido com o bem estar da humanidade e com a justiça social é uma farsa construída para que seus livros vendessem muito e centros "espíritas" pudessem lotar, aumentando o rebanho da doutrina que pretendia ser a "religião oficial de toda a humanidade".

Mas sabemos que a verdadeira caridade não fazia parte da rotina de Chico Xavier que, além de ser praticante de uma caridade meramente paliativa (que agrada muito aos mais ricos), era entusiasta e difusor da controversa Teologia do Sofrimento, herdada do Catolicismo Medieval que Xavier seguiu desde a infância até o seu falecimento.

Mesmo assim, muita gente ainda prefere preservar a fama de caridoso a Xavier por ele ter sido considerado, mesmo falsamente, uma divindade viva. Uma espécie de semi-deus a servir de ídolo, conselheiro e serviçal ara muitos iludidos que se recusam a resolver os problemas da vida de forma racional e objetiva.

Balela. A caridade de Xavier nunca foi essa maravilha toda. Senão, os resultados seriam marcantes. Não há prova de que a caridade de Xavier era ativa e eficaz. Não há resultados que comprovem a validade da caridade praticada por Chico Xavier. A postura de Xavier contra os movimentos sociais serviram para justificar porque ele nunca foi de fato um ativista social.

Aliás, nunca vimos Chico Xavier envolvido em ativismo social em prol dos mais necessitados. O que vimos foi Xavier condenar de forma agressiva e preconceituosa os movimentos sociais e as forças progressistas, mostrando que ele era contra a caridade transformadora, aceitando apenas formas paliativas que na mexessem na ganância dos mais ricos (que ele estranhamente nunca condenou).

A caridade atribuída a Xavier era tão inócua que nunca se ouviu falar de grandes transformações na população carente de Uberaba, cidade onde atuou. Era para o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade ser o mais alto do mundo se depender da fama de caridade do beato, pois este índice faz o diagnóstico da melhoria de qualidade de vida da população pesquisada.

Estranhamente o IDH de Uberaba, que nunca foi alto, caiu vertiginosamente mais de 100 pontos, logo no ano em que o beato fez 100 anos de nascimento. Que presentão saber que a caridade de Xavier não conseguiu melhorar a vida dos habitantes de Uberaba. Que dirá do país, do mundo?

A fama de caridoso de Xavier foi criada para estimular a idolatria (que atinge níveis impressionantes de fanatismo não-estereotipado, pois é discreto, mas intenso e extensivo), para que o "Espiritismo" brasileiro aumentasse o seu "rebanho" para tentar atingir a sua meta de ser a "religião oficial da humanidade".

Embora sendo um católico-medieval praticante até os últimos dias de sua vida, Xavier sempre foi usado como maior símbolo daquilo que os brasileiros erroneamente conhecem como "Espiritismo". O beato tinha características condizentes com o estereótipo de um benfeitor e isso hipnotizou multidões a idolatrá-lo com fervor, a ponto de defendê-lo de forma agressiva a críticas sensatas.

Mas os resultados de sua suposta caridade o desmascaram. Como nunca foi de fato médium, as mensagens recebidas foram todas falsas. As instituições que atuavam em seu nome não conseguiram tirar pobres de sua condição e nunca melhoraram a sociedade como um todo. 

Suas mensagens de moralismo retrógrado não conseguiram mudar a mentalidade de seus receptores, que continuavam tão gananciosos e ignorantes antes de receberem tais mensagens. Enfim, a sua falsa imagem de caridoso serviu apenas para manter idolatrias fanáticas e iludir multidões com isso.

Portanto, o Brasil nunca precisou de Chico Xavier. porque ao invés de idolatrar um farsanta, vamos nós mesmos ajudar os mais necessitados de forma mais eficiente, tirando-os de sua condição humilhante? 

Se os resultados da caridade de Chico Xavier foram pífios ou nulos, é sinal de que algo ainda precisa ser feito. E este algo não é ficar diante da foto dele com cara de submisso, esperando a benevolência cair dos céus. Esqueçamos Chico Xavier. Orações costumam impedir ações.

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