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"Espiritismo" brasileiro é cúmplice do caos que se instala no Brasil

"Aceite tudo como está. São os desígnios de Deus. Se piorar, apenas ore. Saiba que o sofrimento lhe abrirá as portas do céus. Não fale sobre política nos centros. Abençoe os políticos que trabalham pelos mais ricos e condene os que trabalham pelos mais pobres. Deixem os pobres com Deus, com as instituições religiosas e com os médiuns. Eles saberão o que fazer com os mais pobres. E ore. Ore bastante, ore muito. Oração é a única coisa que terás que fazer".

Este parágrafo acima é o resumo do que as lideranças "espíritas" querem que os seguidores façam. Se você se acha um espírita consciente, deveria saber que você está sendo enganado. O "Espiritismo" brasileiro tem mostrado uma estranha negligência com o cotidiano real, recusando a responsabilidade, sugerida por Kardec, de educação e conscientização da humanidade.

No fundo, o "Espiritismo" brasileiro nunca passou de uma farsa. Travestida de doutrina moderna e comprometida com o progresso humano, ela tem se mostrado na prática exatamente o oposto. Além do conservadorismo arcaico que tem demonstrado e do medievalismo não assumido, o "Espiritismo" apoiou o golpe, votou em Bolsonaro e até agora não enviou um representante para visitar Lula na masmorra de Curitiba.

Essa postura do "Espiritismo" brasileiro, que deve e merece ser reprovada, sem quaisquer acusações de intolerância religiosa, tem revelado que as lideranças "espíritas" tem grande e grave responsabilidade sobre tudo que acontece no Brasil. O "Espiritismo" é cúmplice de tudo que acontece no Brasil de 2019. 

A recusa em conscientizar seus seguidores, reduzindo a doutrina a uma mera igreja de louvor e rezadeira, acabou travando a evolução intelectual e o desenvolvimento do senso de altruísmo, transformando os "espíritas" em um bando de beatos a idolatrar "médiuns" e palestrantes e a se limitar a ajudar os outros com reles paliativos, incapazes de tirar pessoas carentes de sua condição humilhante.

DOUTRINAS OPOSTAS COM O MESMO NOME

Apesar de cultuar Allan Kardec como se fosse uma estátua imóvel no altar, os "espíritas" brasileiros nada aproveitaram das lições do codificador. Da matriz francesa, o "Espiritismo" brasileiro só pegou o nome. E só. A doutrina praticada no Brasil é totalmente diferente, com muitos dogmas opostos ao original. Quem não sabe disso é mau espirita e nunca leu com atenção quaisquer obras, verdadeiras ou falsas, escritas em nome da doutrina.

A falta de afinidade entre a versão brasileira e sua matriz francesa estimulou este rompimento com o compromisso de alavancar a evolução da humanidade. "Espíritas" brasileiros não querem progresso. Querem louvor e proteção absoluta e respeito cego a seus idolatrados líderes. Por isso que o "Espiritismo" é responsável por tudo isso que está aí.

Sem estimular o desenvolvimento do intelecto e do altruísmo, acabou por permitir a transformação da sociedade brasileira em um bando de zumbis sádicos a defender as duvidosas convicções próprias como se fossem riquezas em seu patrimônio e a desejar o prejuízo alheio, para que estas convicções sejam protegidas, junto com seus interesses mesquinhos e egoísticos.

O "Espiritismo" nada fez para evitar uma sociedade cada vez mais gananciosa, sádica e ignorante. Suas lideranças terão que responder no outro lado por esta irresponsável negligência. Felizmente as pessoas mais conscientizadas estão abandonando o "Espiritismo", incapaz de melhorar a humanidade. Quem mandou se recusar a cumprir uma missão tão importante de estimular o progresso humano?

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