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A hipocrisia de se usar Allan Kardec para tentar salvar uma seita falida

O "Espiritismo" brasileiro não somente é uma religião confusa como é uma religião hipócrita, altamente desonesta. Nunca seguiu Allan Kardec e o utiliza apenas como um misto de "cartório de autenticação de dogmas" e objeto de adoração. 

As ideias da codificação, sob a desculpa equivocada de que "estão obsoletas", nunca foram assimiladas pelo "Espiritismo" brasileiro, preferindo os dogmas sem pé nem cabeça, maioria deles herdada do Catolicismo medieval defendido pelo Jean Baptiste Roustaing, que "espíritas" segue sem assumir, traduzidos com legitimidade e exatidão pelo igualmente medieval Francisco Cândido Xavier.

Muitas foram as tentativas de alertar sobre os enganos cometidos pelas lideranças do "Espiritismo" brasileiro. Mas como estes enganos atraiam multidões e davam muito dinheiro para federações e instituições (cuja maior parte NÃO ia para a caridade), houve a preocupação de manter não somente estes equívocos, mas também falsas lideranças, oradores talentosos que se empenharam em embutir mentiras, absurdos e contradições nas mentes ingênuas de seguidores desumbrados.

É muito tarde ara consertar os estragos cometidos pela FeB nestes mais de 130 anos. Com a religião em frangalhos, perdendo seguidores e sem uma nova liderança para continuar a farsa, suas lideranças decidiram usar o aniversário de 150 anos de falecimento do mais do que desprezado Allan Kardec para tentar salvar os cacos de uma seita falida. Filmes, palestras e eventos estão sendo feitos para comemorar, de forma hipócrita, o aniversário de falecimento do mestre que nunca seguiram.

É uma verdadeira cara-de-pau e uma ofensa séria ao codificador (ofensa disfarçada em homenagem? Que absurdo!) apelar para o mestre sempre ignorado, cuja doutrina revolucionária, rotulada de "obsoleta", foi trocada por um igrejismo medieval trazido por um beato portador de doenças mentais que foi alçado a semi-deus e líder-maior da humanidade, proprietário do destino dos homens da Terra.

É muita irresponsabilidade e um at grave de hipocrisia usar o normalmente desprezado Allan Kardec para tentar salvar uma falsa doutrina em fase de putrefação. O codificador estaria muito triste, provavelmente revoltado com o que fazem com ele.

Melhor seria o "Espiritismo" assumir Jean Baptiste Roustaing, o mestre sempre seguido e nunca citado. É para o advogado de Bordéus que os "espíritas" devem homenagens. Não ao codificador, no fundo o eterno desconhecido dos brasileiros.

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