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Porque o fascismo não incomoda os "espíritas"?

Saiu mais uma edição do tal do "Correio Espírita" e nada, nenhuma preocupação com o governo neo-fascista do paranoico Jair Bolsonaro. Quando os progressistas estavam no poder, os "espíritas" se agitaram numa inversão de valores que ultrapassa os limites do surreal. Afinal, condenar uma ideologia altruísta e aprovar uma sádica não combina com uma filosofia que pretende patentear a caridade e o amor ao próximo.

Estranho ver que uma doutrina que se assume altruísta não manifeste sequer um pingo de preocupação com a gestão de um maluco sádico que pretende matar muitas pessoas para que apenas uma pequena parcela (ricos e parte da classe média alta) tenha seus direitos respeitados. Será que os "espíritas" só vão começar a se preocupar quando Bolsonaro por em prática seu plano genocida, já escrito no projeto de seu ministro da (in)justiça, o corrupto Sérgio Moro?

O mais estranho ainda se lembrarmos que supostamente as lideranças "espíritas"  estão em contato com os planos superiores espirituais, que enxergam coisas no mundo real que não conseguimos enxergar. Ou esses espíritos superiores não enxergam nada ou acham que o caminho do fascismo e do genocídio é o caminho rápido para o esclarecimento espiritual.

Pois o que vemos oficialmente nos meios "espíritas" é a adesão incondicional ao fascismo que governa o Brasil desde o meço deste ano. Quem pensa que o "Espiritismo" é de esquerda, está boiando e acredita em qualquer fake news ou wishful thinking que se apresente diante de si. 

O Espiritismo original é de esquerda, sim, em coerência com a sua proposta altruística. Mas ao chegar ao Brasil, devidamente deturpado, foi logo se convertendo ao conservadorismo, para atender a interesses particulares de lideranças e de seguidores, majoritariamente das classes mais abastadas. Por isso a guinada conservadora que inclui o ódio a progressistas e a tranquilidade diante da nociva gestão fascista de um paranoico mitômano e sádico.

O silêncio mostrado pelos "espíritas" após a posse de Jair Bolsonaro tem feito um barulho ensurdecedor. Vai contra qualquer proposta de altruísmo e de evolução humanitária. qui nota-se de forma bem explícita o rompimento com as propostas lançadas pelo Espiritismo original, que sempre afirmou que fora da caridade não há salvação. Certamente os "espíritas" não estão nem um pouquinho dispostos a se salvar.

A adesão enrustida (mas nem tanto, visto a declaração do arrogante Carlos Bacelli) ao fascismo de Jair Bolsonaro, é mais um aspecto a forçar a extinção do "Espiritismo" brasileiro, que nunca seguiu de ato a matriz francesa e por isso perde seguidores a cada dia, com centros cada vez mais vazios e novidades com repercussão zero. 

Criminalizadora do suicídio, o "Espiritismo" brasileiro se mata as poucos. Sem direito a reencarnar.

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