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Como os "espíritas" definem a Paz?

Comum certas palavras não serem conhecidas pelo seu significado, mas pela sua carga semântica. Certas palavras estão relacionadas a valores positivos e outras negativos, sem que muitos saibam exatamente o que são. Palavras como "paz" pertencem a esta categoria.

Mas o que é realmente a paz? Se perguntarmos para cada pessoa o significado da palavra, esta vai dar uma resposta subjetiva, com base na convicção pessoal que ela possui. Muitas nem responderão, se limitando a dizer que paz é uma coisa boa (carga semântica positiva). Mas nenhuma vai tentar dar algum significado objetivo a palavra.

Diz o Wikipedia: "A Paz (do latim Pax) é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações e agitação. Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra."

Só que a paz referida por muitos não se encaixa nesta definição. "Espíritas" brasileiros, totalmente divorciados do mesmo Allan Kardec que bajulam, entram em francas contradições ao tentar definir a paz. Uma paz conformista, acomodada que apela para a procrastinação da felicidade, sempre adiada em prol de um sofrimento que se torna obrigatório.

Mas sofrer dá raiva, sofrer nos faz odiar quem nos coloca nesta situação. Como haver uma verdadeira paz em uma seita que defende a Teologia do Sofrimento de Teresa de Liseux, como o "Espiritismo" brasileiro? A paz dos "espíritas" é a paz da raposa om a galinha, mediante o acordo de que a primeira vem com os dentes e a segunda com o pescoço para ser estraçalhado?

Que paz é essa que aceita injustiças? Que paz é essa que aceita o mundo injusto como está? Que paz é essa que aceita a exploração feita por tiranos gananciosos? Que paz é essa que legitima a ganancia?

Divaldo Franco, que se diz mensageiro da paz, nunca escondeu que era contrário a verdadeira paz. Somente os admiradores mais fanáticos do "médium" conseguem aceitar as contradições em que Divaldo está metido, defendendo uma espécie de paz conformista que respeita a ganancia e a tirania.

PAZ SEM LUTA PELA DIGNIDADE NÃO FAZ SENTIDO

Pois a verdadeira paz inclui a luta, pois nunca se deve viver com tranquilidade em condições humilhantes e injustas. Não falo que temos que fazer guerra para ter a paz, mas algum tipo de contestação ou combate deve ser feito para que  tirania - estranhamente defendida por Divaldo em suas declarações - seja freada e para de gerar danos.

É muito relativo falarmos sobre paz. Nós ainda somos bastante egoístas e gananciosos. Ainda desejamos esticar a perna para que os outros, que atrapalham o nosso caminho para a prosperidade, possam cair e deixar de nos ameaçar. Paz ainda é um valor utópico, cujo estereótipo serve mais de propaganda para religiões receberem mais fiéis do que um desejo de acordo mútuo entre todos os seres humanos.

A paz sugerida pelos "espíritas" é uma utopia, vinda de quem desconhece o verdadeiro nível de evolução da humanidade e finge racionalidade quando se mostra incapaz de tentar resolver os problemas mundiais, achando que uma simples reza é capaz de converter tiranos em benfeitores.

Melhor que não falemos em paz. Para criar a verdadeira paz é mais do que necessário eliminar a ganancia e lutar para ter apenas aquilo que satisfaz plenamente a dignidade. Mas a ânsia de todos quererem ser mais que os outros nos impede a paz

O supérfluo luxo que desejamos para nossas vidas impede que muitos tenham o mínimo de conforto necessário para uma vida pelo menos digna.

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