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União entre "espíritas" e esquerdistas é mau negócio e consagra contradições

No último dia 26 (curiosamente na mesma data do encontro da TV 247 em Niterói/RJ), ocorreu em Salvador/BA, em frente a mais importante biblioteca municipal, um encontro que uniu "espíritas" e personalidades assumidas de esquerda.

O encontro foi mais uma tentativa de forçar a barra para que Chico Xavier e os dogmas criados por este sejam associados não apenas a doutrina original como a ideologias progressistas de esquerda.

O que pode parecer aos olhos mais ingênuos como a união entre duas forças progressistas é na verdade uma cilada. Quem conhece a fundo o "Espiritismo" brasileiro, sem a alienação da fé "raciocinada", sabe que a versão brasileira da doutrina foi violentamente deturpada e contém muitos dogmas estranhos. Os que negam a deturpação do "Espiritismo" são cegos que se recusam a enxergar.

Esse encontro ocorrido no dia 26 de outubro estava cheio de cegos. Apesar de estabelecer uma associação entre política progressista e "Espiritismo" supostamente em prol de um Brasil melhor (mas com a bênção de Chico Xavier, entusiasta fervoroso do regime militar e inimigo numero um das esquerdas), contou com a presença de vários "espíritas" da linha de Xavier, entre eles o emergente líder Franklin Félix, possível sucessor de Divaldo Franco no comando da doutrina.

Muitos esquerdistas ingênuos acreditam no "Espiritismo" com base no mito de que a doutrina deturpada seria a detentora da patente da caridade. Como se todos os "espíritas", "sem exceção", só vivessem ajudando os pobres, 365 dias por anos, 24 horas por dia. Mas essa caridade, nada diferente da praticada por ONGs capitalistas, nunca mostrou resultados relevantes e se mostra na verdade uma farsa para atrair simpatizantes e promover lideranças.

Mas o estereótipo de "religião oficial da caridade" é muito forte e certamente foi a base que possibilitou para que o encontro pudesse ocorrer. Só que, como alguém que não lê as letrinhas miúdas do contrato (aquelas que contém as informações mais importantes), os participantes se esqueceram de que estavam defendendo uma religião mais do que retrógrada. Veja o que o "Espiritismo" brasileiro defende:
- Criminalização do aborto, da eutanásia e do suicídio;
- Faz vista grossa a assassinatos e genocídios, tratados como "resgates espirituais", não raramente culpando as vítimas como responsáveis;
- Abraça fervorosamente a Teologia do Sofrimento, tratando a dor como "acelerador da evolução espiritual" e a felicidade como algo que só existe no futuro;
- Considera que há níveis diferentes de seres humanos, o que legitima a má distribuição de dinheiro, bens e direitos e a manutenção de privilégios para alguns.

Como considerar progressista uma religião que pense desta forma. Se os participantes do encontro negam estes dogmas é um explicito sinal de contradição dogmática, sendo o "Espiritismo" uma religião onde tudo pode e não pode ser simultaneamente. Como uma massa de modelar em que cada fiel molda a seu gosto particular.

COINCIDÊNCIA OU NÃO, COISAS RUINS COMEÇARAM A ACONTECER NA POLÍTICA BRASILEIRA APÓS O ENCONTRO

Como no "Espiritismo" brasileiro não há estudo sério, os espíritos mal intencionados fazem a festa. Uma doutrina confusa, contraditória e que insiste em manter seus dogmas mais do que duvidosos, não dá para esperar o apoio de entidades superiores, estas comprometidas com a racionalidade ausente no "Espiritismo" brasileiro. Graças a isso, a doutrina se converteu numa espécie de "tábua ouija" em forma de seita. E como tal, bagunça as energias e gera fontes de azar e mau agouro.

Nos últimos dias, após o encontro, vemos a direita fortalecida e atuante, preparada para eliminar mais direitos e entregar as riquezas a magnatas estrangeiros. Políticos de direita, mesmo metidos em confusões (possivelmente criadas para desviar a atenção e permitir a destruição nacional), conseguiram seus objetivos gananciosos, enquanto as esquerdas só sabem falar, falar, falar e nunca agir. Seria consequência das energias duvidosas geradas pelo encontro?

Muitos episódios envolvendo o "Espiritismo" geraram situações de azar e fortes prejuízos. Todos os integrantes da nossa equipe ou passaram por situações assim ou testemunharam a influência nefasta de uma seita que vive brincando com os espíritos.

A falta de cuidado e a priorização da fé sobre a razão (se a razão dominasse, Chico, Divaldo, assemelhados e todas as suas ideias seriam descartados sem hesitação) separou a versão brasileira da doutrina original, hoje esquecida por ser considerada ultrapassada, com seu descobridor, Allan Kardec, reduzido a objeto de bajulação.

As esquerdas brasileiras, que tem demonstrado bastante ingenuidade em várias oportunidades, se agarrou a mais duvidosa das seitas para tentar melhorar as coisas, como galinhas que recorrem a raposa para reconstruir o galinheiro destruído. É nítido o fato de que o esquerdismo brasileiro ainda é bem pueril, uma criança aprendendo a falar e a andar. Fatos comprovam isso, sobretudo o otimismo exagerado seguido de uma forte decepção, algo repetido desde 2016.

Mas não faz mal. O "Espiritismo" brasileiro, através de suas bênçãos, deu o beijo da morte para as esquerdas que terão o prazer de ver o "esquerdista" Luciano Huck (ele mesmo um devoto de Chico Xavier) tomar posse no Palácio do Planalto. Isso se o nazista de plantão lá em Brasília não conseguir se reeleger. Pois do contrário das esquerdas, Bolsonaro está bem atuante diante deste objetivo.

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