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Era uma vez, um charlatão...

Somente pessoas que colocam a fé acima da razão, preferindo defender pontos de vista pessoais do que aceitar fatos, que reconhecem e valorizam a "santidade" do beato Chico Xavier. Com obras cheias de graves erros e muitas contradições e um trabalho filantrópico chinfrim de resultados pífios, que não conseguiu tirar seus auxiliados de suas condições humilhantes, Xavier ainda é admirado.

Diretores de grandes instituições "espíritas" se esforçam em manter toda a mitologia em torno do "médium" (que sempre errava em suas comunicações) pois seus livros e a própria popularidade que o beato de Pedro Leopoldo ainda possui, gera prestígio e muita renda para instituições "espíritas". Embora "espíritas" costumam se indignar quando o assunto é dinheiro.

Chico Xavier sempre foi um farsante. De início, no começo do século XX, nem quis enganar os outros, pois entrou no "Espiritismo" apenas porque estava procurando um lugar para rezar, já que foi expulso do Catolicismo porque as lideranças desta religião confundiram a sua esquizofrenia com bruxaria, o que lhe fez ser muito bem aceito pelas lideranças "espíritas", que o exploraram até o fim.

Mas a popularidade que angariava ao enganar milhões de fiéis que - apesar de justificar a adesão a doutrina pela admiração à ciência, demonstraram a mais explícita cegueira da fé - agradou Xavier que resolveu entrar na brincadeira e fingir mediunidade para deslumbrar cada vez mais os brasileiros, pouco afeitos a racionalidade e a assuntos sérios.

Como "paranormal" em plena década de 30, foi saudado tal e qual as aberrações e deformidades em circos de horrores. Afinal, um cara que garante conversar com os mortos é de causar espanto em qualquer mortal. Com isso, aos poucos a erva daninha do "Espiritismo" acabou sendo muito bem alimentada e crescendo de forma monstruosa.

Junto com a fama de "paranormal", era necessário que fosse também construída uma imagem de filantropo constante para que servisse de escudo para possíveis críticas e acusações de charlatanismo. O suposto mito de "ativista social incansável" foi criado e multidões sedentas por uma espécie de "salvador" rapidamente o elegeram como "homem mais bondoso do país" sem que o beato precisasse mexer um só dedo para pelo menos tentar acabar com a miséria na cidade onde vivia, Uberaba.

O plano deu certo, pois a falsa fama de bondoso ao máximo o protege até hoje, em que se completa cerca de 18 anos de seu falecimento. Um falecimento controverso que merece um comentário a parte. Até porque foi uma morte digna de um charlatão, um falecimento tão falso quanto a própria personalidade falecida.

"Morrerei quando os brasileiros estivessem felizes"

Para os "espíritas", Chico Xavier era uma divindade viva. Quase um semi-deus. Seus fiéis acreditavam que o beato estaria em sua última encarnação e que sua suposta coleção de qualidades (foram forjadas inúmeras atribuições ao beato, considerado "sábio", "professor", "cientista", "profeta" e tudo que você imaginar de superior e positivo) lhe garantiria a santidade eterna.

Pura balela religiosa de uma seita que fingia ser científica. Não há nada de científico em divinizar alguém. Xavier dava sinais claros de inferioridade espiritual (que não depende apenas de seu nível de bondade mas da péssima intelectualidade demonstrada). Seu papo de que seria "um intelectual falido", punido com a latência de suas faculdades intelectuais, era conversa para boi dormir.

Mas o caráter de divindade lhe dava privilégios. Em uma conversa anos antes de morrer, Xavier dizia que só morreria no dia em que os brasileiros estivessem felizes. A frase foi mal interpretada como se houvesse a necessidade dos brasileiros estarem distraídos para que não se comovessem com o falecimento de Chico Xavier, que sequer era o homem mais popular do Brasil.

Primeiro porque Xavier era pouco popular, sendo representante de uma seita com menos seguidores no país. O comunicador Abelardo Barbosa, o Chacrinha, era mil vezes mais popular que Chico Xavier e morreu em condições normais, causando realmente uma imensa comoção popular, mas que não foi danosa como supostamente seria com Xavier.

"Brasileiros felizes"? Como assim? Chico Xavier morreu no dia da vitória - roubada, segundo denúncias em livros como O Lado Sujo do Futebol - da seleção em um reles campeonato de futebol, um simples lazer incapaz de gerar felicidade verdadeira a uma população, representando mais uma ilusão para quem não consegue ver seus problemas resolvidos com relativa rapidez.

Será que Chico Xavier era tão alienado a ponto de considerar a vitória no futebol como "a felicidade completa do povo brasileiro"? Um homem que vivia dizendo que "sofrer é uma dádiva de Deus" queria ver os brasileiros felizes com o sucesso de uma reles brincadeirinha, para compensar o sofrimento crônico que sequer o "poderoso médium, íntimo de Deus" sabia resolver?

Se preparem para o pior: vamos falar agora de algo que até os críticos de Xavier tem medo de falar. Mas é algo que deve ser dito corajosamente, pois não encontramos outra hipótese. Chico Xavier teria o privilégio de escolher a sua própria data de morte? Certamente que não. Só os mais fanáticos admiradores do beato mineiro acreditariam nesta tese doida que só serve para confirmar o mito.

Na verdade, Chico Xavier provavelmente morreu de eutanásia. Claro que estava doente, ligado por aparelhos, pois não cuidava da saúde porque "foi proibido pelo seu 'mentor', Emmanuel da Nóbrega, de se cuidar, já que ser doente faria parte de sua "missão espiritual". Mas para "cumprir" a "profecia" de morrer quando brasileiros estivessem felizes", teve que falecer naquele momento lúdico.

Coincidência? Mesmo os detratores de Chico Xavier preferem acreditar que sim. Nós aqui não. Corajosamente preferimos acreditar na hipótese de que médicos foram pagos por patrocinadores admiradores do "médium" para que desligassem os aparelhos no momento da vitória fraudulenta no futebol para criar a relação e servir de "canonização" da divindade do "médium".

Além do risível fato de usar o futebol como "felicidade máxima do brasileiro", o que caracteriza a infantilidade do terceiro povo mais ignorante do planeta, Xavier teria o direito de escolher a data de morte e morrer naturalmente? Qual é? Tanta coincidência forjada para além de transformar o futebol em dever cívico e meta de felicidade de um povo, canonizar um reles beato como semi-deus?

Chico Xavier morreu como viveu: através de mentiras. Somente os trouxas dão ouvidos a um picareta que de um jovem beato que só queria rezar virou um semi-deus poderosíssimo - em influência, claro! - a se aproveitar da ingenuidade de seus admiradores para destruir uma doutrina inteira e se beneficiar de um prestígio construído artificialmente.

Realmente, Chico Xavier morreu como um charlatão. Se mentiu durante a vida toda, ele, sempre fiel  às suas atitudes e pensamentos, deixaria de mentir ao morrer?...

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