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Aqui não tem intolerância religiosa. Tem é intolerância à contradição e a absurdos

Nosso blog tem reduzido drasticamente o número de visitas. Isso se deve porque o "Espiritismo" brasileiro virou uma seita de fé cega e por isso solidificou os seus dogmas, que quando contestados, acabam por afastar quem acredita neles, pessoas que não suportam  ver aquilo que os conforta ruir.

Baseado no achismo da pós verdade, podemos até ser acusados de intolerantes, pois fazemos críticas bem severas não somente a esses dogmas, mas aos responsáveis por sua inserção, palestrantes e "médiuns" de altíssima reputação, mas que se demonstraram falsos profetas e autênticos charlatães.

Erasto advertiu que, havendo vigaristas encarnados ou não, deveriam ser todos criticados com o maior rigor, mas sem baixaria. Pois aqui, nós, mesmo nas críticas mais duras, não apelamos para grosserias. Usamos esse rigor contra ídolos solidificados como Chico Xavier e Divaldo Franco porque eles, após profunda análise de suas atuações e pensamentos, confirmaram seu charlatanismo.

Tratar com respeito personagens que nunca respeitaram uma doutrina que sempre fingiram representar não é algo bom. Muitas asneiras foram inseridas no repertório dogmático do "Espiritismo" brasileiro, mas a associação à ciência os tornaram teses respeitáveis, aceitas por quem coleciona muitos diplomas, mas os aceita sem verificar, confiando na fama de seus líderes.

O que a gente critica é que o "Espiritismo" brasileiro passa muito longe de sua proposta original. Virou uma igreja de fé cega que sacraliza o sofrimento e dotou um moralismo de características medievais. Não há intolerância contra o "Espiritismo" brasileiro. Há intolerância com o que o "Espiritismo" brasileiro fez com a doutrina original francesa.

Se os "espíritas" assumissem o rompimento prático com Allan Kardec, ao invés de ficar bajulando-o de forma hipócrita, mas sem assimilar sequer uma única linha de sua obra codificada, mereceriam o nosso respeito. O "Espiritismo" brasileiro deveria se assumir como uma igreja de fé cega, de base bezerrista/chiquista, 100% alheia a sua homônima francesa. 

Seus dogmas são subjetivos, resultantes de meras crenças e das contraditórias opiniões de cada liderança do meio, e de natureza medieval. Na prática, o "Espiritismo" brasileiro é uma espécie de acordo com os bruxos medievais com o clero que governava a Idade Média, unindo a crença em espíritos com o moralismo dominante na época.

Enquanto os "espíritas continuam com as suas contradições e com seu medievalismo não assumido, que trata sofrimento como solução e cruza os braços diante das injustiças que ocorrem no mundo real, estará indigno para merecer respeito. Contradição não se respeita e estamos até agora esperando o "Espiritismo" dizer a que veio e quais as propostas para a melhoria da humanidade. 

Pois até agora, o "Espiritismo" brasileiro não apresentou sequer uma.

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